Mais de 63 mil palestinos foram mortos e pelo menos 159 mil ficaram feridos na Faixa de Gaza devido às ações das tropas israelenses iniciadas há quase dois anos, informou nesta sexta-feira (29) o Ministério da Saúde do enclave.

"O número de vítimas da agressão israelense [em Gaza] desde 7 de outubro de 2023 aumentou para 63.025, com 159.490 feridos", diz o comunicado.

Somente nas últimas 24 horas, 59 pessoas morreram durante ataques israelenses e mais de 220 feridos foram levados a hospitais em todo o enclave palestino, acrescentou o ministério.

Desde que Israel retomou seus bombardeios contra Gaza em 18 de março, o número de mortes ultrapassou mais de 11,1 mil pessoas, enquanto 47 mil ficaram feridas.

Em meio à maior crise humanitária da história do enclave, 14 dos 15 membros do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) chegaram a exigir na última quinta (28) um cessar-fogo imediato, incondicional e permanente na região — somente os Estados Unidos foram contrários.

O grupo também pediu a libertação dos reféns israelenses mantidos em cativeiro pelo Hamas e a reversão da decisão de Israel de ampliar suas operações militares para tomar a cidade de Gaza.

Segundo a nota, fazer da fome uma arma de guerra é proibido pelo direito internacional humanitário. Os 14 membros também instaram Israel a suspender as restrições à ajuda, permitindo o acesso pleno e seguro de organizações.

O conflito foi iniciado em 7 de outubro de 2023, após Israel sofrer ataques com foguetes sem precedentes vindos de Gaza. Na ocasião, militantes do Hamas também atravessaram a fronteira, provocaram cerca de 1,2 mil mortes e fizeram centenas de pessoas reféns. Em resposta, Israel iniciou a guerra e ainda realizou um bloqueio total no enclave, o que impediu a chegada de alimentos e outros produtos básicos.

As hostilidades, que foram interrompidas por breves cessar-fogos, também se estenderam ao Líbano e ao Iêmen, além de provocarem uma troca de ataques com mísseis entre Israel e Irã.