Política

União Progressista: a força que pode redesenhar a política eleitoral de 2026 em Alagoas Redação

28/08/2025
União Progressista: a força que pode redesenhar a política eleitoral de 2026 em Alagoas                                                                                      Redação
Arthur Lira apenas consolida a chefia dos dois partidos que já comandava de fato em Alagoas

A criação da União Progressista (UPb) – federação formada pela junção do União Brasil e do Progressistas – não é apenas um movimento de peso em Brasília. Em Alagoas, seus efeitos tendem a ser ainda mais profundos, capazes de alterar de forma drástica o equilíbrio de forças que vem se mantendo nos últimos anos.

Com a união de cinco deputados federais alagoanos – Arthur Lira, Daniel Barbosa, Marx Beltrão, Fábio Costa e Alfredo Gaspar – a federação surge como a maior bancada do estado e uma das mais influentes do país. Essa concentração de poder não se traduz apenas em números: ela confere ao grupo uma capacidade real de definir destinos políticos locais, seja na formação de alianças, seja na construção de candidaturas majoritárias.

Daniel Barbosa, Marx Beltrão, Fábio Costa e Alfredo Gaspar:formam a maior bancada federal do estado e ganha protagonismo no cenário nacional

A força de Lira, que comanda a Câmara dos Deputados, já é conhecida. Mas o que chama atenção é o efeito multiplicador dessa união: nomes como Alfredo Gaspar, que ganha visibilidade nacional com a relatoria da CPMI do INSS, passam a figurar no radar como potenciais protagonistas da sucessão estadual ou mesmo das disputas ao Senado.

O movimento também repercute em Brasília, onde a UPb já nasceu com 20% do Congresso sob seu comando. Ao adotar uma postura cada vez mais crítica ao governo Lula, a federação se posiciona como o maior bloco oposicionista em formação. Essa condição, por si só, aumenta o valor político dos alagoanos na mesa de negociações.

Para Alagoas, a repercussão é clara: as eleições de 2026 não serão as mesmas. O bloco que se forma hoje pode ser decisivo na definição das chapas, reduzindo o espaço para candidaturas isoladas e ampliando o peso das articulações nacionais no cenário estadual.

Em outras palavras, a União Progressista inaugura um novo tempo na política alagoana. Um tempo em que cinco vozes unidas têm força para ditar o ritmo das alianças, atrair apoios e, possivelmente, transformar o tabuleiro sucessório em 2026.