Brasil
'O pai dele que decide', diz Valdemar sobre impasse entre Eduardo e Tarcísio

O presidente do Partido Liberal (PL), Valdemar Costa Neto, afirmou nesta quarta-feira (27) que caberá a Jair Bolsonaro decidir o impasse envolvendo o filho Eduardo Bolsonaro e o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas. O filho do ex-presidente ameaçou deixar a sigla caso Tarcísio seja lançado candidato à Presidência em 2026.
Valdemar tem encontro marcado nesta quinta-feira (28) na casa de Bolsonaro, onde se encontra em prisão domiciliar desde 4 de agosto e cujo julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF) começa na próxima terça-feira (2).
Este será o primeiro encontro entre os dois após a decisão de prisão do ministro Alexandre de Moraes, do , relator do caso, que autorizou a visita.
O governador paulista é um dos nomes da direita para a sucessão presidencial. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva chegou citá-lo em reunião ministerial como adversário em 2026.
Na segunda-feira (25), Valdemar declarou que caso Tarcísio seja o candidato, será pelo PL. Em resposta, Eduardo Bolsonaro, que segue nos EUA, afastado do mandato de deputado federal criticou a declaração nas redes sociais:
"Se houver necessidade de substituir JB [Jair Bolsonaro], isso não será feito pela força nem com base em chantagem. Acho que já deixei claro que não me submeto a chantagens. Qualquer decisão política será tomada por nós. Não adianta vir com o papo de 'única salvação', porque não iremos nos submeter. Não há ganho estratégico em fazer esse anúncio agora, a poucos dias do seu injusto julgamento", escreveu.
Ontem (26) A Polícia Federal (PF) enviou ao Supremo Tribunal Federal (STF) documento em que pede que haja uma equipe de agentes em tempo integral na casa do ex-presidente para garantir a eficácia da prisão domiciliar.
De acordo com a PF, o monitoramento eletrônico por tornozeleira não é suficiente para impedir potencial fuga. Moraes encaminhou o pedido à Procuradoria-Geral da República (PGR), que deve se manifestar a respeito da solicitação até segunda-feira (1º)
Racha dentro do clã
O vazamento de mensagens trocadas entre Eduardo e Jair Bolsonaro e o pastor Silas Malafaia, na semana passada, expôs um racha entre aliados da ala bolsonarista.
As mensagens vazadas fazem parte de um relatório da Polícia Federal (PF), que acessou o conteúdo no âmbito da investigação que apura a suspeita de coação a autoridades que atuam no julgamento do inquérito sobre tentativa de golpe de Estado.
Malafaia, Jair e Eduardo Bolsonaro e o comentarista Paulo Figueiredo foram indiciados pela PF no inquérito sobre coação.
Em nota divulgada em suas redes sociais, Eduardo Bolsonaro destacou que vive "sob a jurisdição americana, […] que assegura não apenas a liberdade de expressão, mas também o direito de peticionar nossas demandas ao governo que rege a nossa jurisdição".
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