A Câmara pode votar, ainda nesta semana, o projeto que trata da adultização de crianças e adolescentes. A urgência pode entrar na pauta e isso será discutido na reunião de líderes marcada para esta terça-feira (19). Se houver acordo, o texto segue para o plenário.

O projeto busca proteger crianças e adolescentes da exposição a conteúdos impróprios. Ele determina que os fornecedores de tecnologia adotem medidas para prevenir e evitar casos de bullying, exploração sexual, assédio e violência.

Por exemplo: plataformas com mais de um milhão de usuários entre crianças e adolescentes deverão apresentar relatórios semestrais com dados sobre moderação de conteúdo e canais de denúncia. O texto também estabelece canais de contato com os pais para monitoramento e exige mecanismos de verificação de idade, complementares aos que já existem hoje.

A oposição é contra, alega que a proposta representa censura. Mas o governo rebate: diz que não se trata de censura, e sim de uma regulação para coibir abusos, punir aliciadores e proteger as vítimas. Inclusive, o presidente Lula deve encaminhar em breve ao Congresso um projeto sobre a regulação das redes sociais, com foco na responsabilização das plataformas.

Após a repercussão do vídeo do influenciador Felca, o debate ganhou força. O projeto, que tramita desde 2022, pode agora avançar.

O presidente da Câmara, Hugo Motta, também determinou a criação de um grupo de trabalho para consolidar propostas semelhantes que aguardam análise na Casa. E o tema será discutido em comissão geral na quarta-feira (20).

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