Economia
Haddad diz se preocupar mais com variáveis que governo domina do que com projeções do mercado

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse nesta segunda-feira, 18, que se preocupa mais com a calibragem das variáveis econômicas que o governo controla do que com a projeções do mercado financeiro para as variáveis macroeconômicas. "As vezes fico preocupado com a calibragem das variáveis que o governo controla. Basicamente a trajetória de fiscal e a trajetória de Selic. De como é que você vai combinar corte de gasto com reposição, pós corte de gasto primário com corte de gasto", comentou, ao ser questionado como tem visto as projeções do mercado para a economia brasileira.
Haddad participou no período da manhã do seminário "Brazil 2030: Fostering Growth, resilience and productivity", organizado pelo Financial Times e a CNBC, em São Paulo.
Segundo o ministro, às vezes, há mais paixões que falam mais alto nas projeções do que o bom senso. Haddad parafraseou o ex-ministro da Fazenda Delfim Netto, que costumava dizer que projeção de economistas, em geral, "é para aumentar a reputação dos astrólogos" que acertam mais que os economistas.
De acordo com o ministro, a economia brasileira cresceu quase 7% nos últimos dois anos e, neste ano, todos estão revendo o PIB para cima. Ainda de acordo com o ministro, agora todos estão entendendo que a inflação deste ano será menor que a registrada no ano passado.
"Muita gente falava que a economia não ia crescer, que a inflação ia explodir. Todo mundo está aprendendo que a inflação este ano será menor que a do ano passado. Eu, um dia, cometi uma impropriedade, que foi dizer, na televisão, que compraria dólar na casa dos R$ 5,70. Isso foi em janeiro. Hoje ele está a R$ 5,40", disse Haddad, emendando que "é esse tipo de astrologia que às vezes se faz, que acaba colocando a própria profissão de economista em cheque".
Ele disse que a equipe econômica sempre vai acompanhar as projeções, mas tendo independência para fazer a curva correta, para fazer a calibragem correta.
O ministro defendeu os economistas de sua equipe e reforçou a independência dos profissionais da equipe porque, segundo ele, são pessoas de nomes e com competência nas funções em que se encontram.
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