Esportes

Confusão no Rei Pelé pode render punição ao CSA após súmula de árbitro

Relatório aponta agressões, arremesso de objetos, invasão de campo e ofensas de dirigentes contra arbitragem; caso será analisado pelo STJD

Cinara Corrêa 17/08/2025
Confusão no Rei Pelé pode render punição ao CSA após súmula de árbitro
Foto: Reprodução

O empate em 2 a 2 entre CSA e Ituano, no último sábado (16), no Estádio Rei Pelé, terminou em violência dentro e fora das quatro linhas e pode resultar em punições ao clube alagoano. A súmula do árbitro Maguielson Lima Barbosa, divulgada neste domingo (17), relata uma série de ocorrências, desde invasão de campo até ofensas proferidas por membros da diretoria azulina contra a equipe de arbitragem.

De acordo com o documento, a partida precisou ser paralisada aos 50 minutos do segundo tempo após confronto entre torcedores e a Polícia Militar. Bombas de efeito moral e gás lacrimogêneo foram usados para conter o tumulto, enquanto copos e outros objetos eram arremessados contra o campo. O jogo só foi retomado seis minutos depois, quando a situação foi controlada.

Após o apito final, a confusão se intensificou. Torcedores atiraram chinelos e copos com líquidos contra policiais e árbitros, atingindo inclusive o quarto árbitro durante a escolta para os vestiários.

A súmula cita ainda o membro da comissão técnica do CSA, Jobson Bezerra da Costa, expulso por invadir o gramado e ofender a arbitragem. Outro episódio grave envolveu o diretor executivo de futebol do clube, Jadson Oliveira, que teria insultado e ameaçado os árbitros com palavras de baixo calão, atribuindo a eles a responsabilidade pelos tumultos.

Em paralelo, a Polícia Militar confirmou que utilizou balas de borracha e gás lacrimogêneo para dispersar a torcida após a anulação de um gol do CSA. Um homem de 29 anos foi preso por desacato e arremesso de objetos contra o campo. As autoridades afirmam que as imagens do videomonitoramento ajudarão a identificar outros envolvidos.

O CSA divulgou nota oficial criticando a ação da PM e cobrando apuração dos supostos excessos cometidos pelos agentes. “Não é admissível que torcedores sejam agredidos no maior palco do nosso futebol”, afirmou o clube em suas redes sociais.

Com os relatos do árbitro e da Polícia Militar, o caso agora será encaminhado ao Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD