Brasil
Zema lança pré-candidatura e pede saída do Brasil do BRICS: 'Colcha de retalhos, um Frankenstein'

Em evento realizado em São Paulo neste sábado (16), o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), lançou sua pré-candidatura à Presidência da República para as eleições de 2026.
Em discurso, Zema defendeu que o Brasil deixe o BRICS, afirmando que o grupo é uma "colcha de retalhos, um Frankenstein".
Zema argumentou que nenhum país membro está localizado na América Latina, "sequer na América", e questionou a coerência de participar de um agrupamento que, segundo ele, não remunera de forma clara o Brasil.
O pré-candidato denunciou a aproximação do atual governo, liderado pelo PT, com regimes sem liberdade, contrapondo o Brasil a "países democráticos ocidentais, que têm raízes culturais comuns conosco" — e reforçou que, embora os acordos bilaterais permaneçam possíveis, a prioridade deve ser fortalecer laços com Europa e América do Norte.
O evento marcou o início de sua pré-candidatura ao Palácio do Planalto, com Zema prometendo "varrer o PT do mapa" e combater o "lulismo", o que classifica como parte dos três principais problemas do país, ao lado da criminalidade e dos "parasitas do Estado".
Durante discurso, fez críticas também ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), afirmando que pretende "acabar com abusos e perseguições".
O que o Brasil ganha com o BRICS?
Segundo análise do Centro Brasileiro de Relações Internacionais (CEBRI), o BRICS é fundamental para o país diversificar parceiros comerciais, acessar novos mercados — especialmente na Ásia e África — e impulsionar reformas na ordem internacional, além de fortalecer a autonomia estratégica do Brasil, especialmente durante sua presidência rotativa em 2025.
Além disso, o agrupamento é responsável por aproximadamente 25% do território global e 35% do Produto Interno Bruto (PIB) mundial em paridade de poder de compra (PPP). O comércio interno entre os países do grupo atingiu cerca de US$ 615 bilhões (R$ 3,3 trilhões) em 2022.
Outro ponto relevante é a atuação do Novo Banco de Desenvolvimento (NBD), criado pelo BRICS e presidido por Dilma Rousseff, que financia projetos de infraestrutura e sustentabilidade no Brasil através de empréstimos, garantias e assistência técnica; o banco mantém um escritório regional em São Paulo desde 2020.
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