A reunião entre os presidentes dos Estados Unidos e da Rússia foi realizada no mais alto nível – o líder estadunidense, Donald Trump, conheceu pessoalmente o chefe de Estado russo, Vladimir Putin, no tapete vermelho ante a rampa do avião, disse à Sputnik Qian Yaxu, analista chinesa da Universidade de Jiaotong Sudoeste.

A analista destacou que o clima geral das conversas Putin-Trump foi construtivo e o próprio fato de realização da reunião pode ser considerado como um sinal importante para a distensão.

"Podemos dizer que o aquecimento nas relações foi o principal resultado dessa cúpula", ressaltou a interlocutora da agência.

Segundo a especialista, a crise ucraniana foi resultado de um choque de interesses entre os principais Estados, enquanto a questão territorial continua sendo o principal assunto de desacordo.

Dessa forma, sublinhou, a reunião dos líderes dos Estados Unidos e da Rússia certamente desempenhará um papel para ajudar a resolver a crise ucraniana.

"A transição das negociações fechadas 'um-a-um' para o formato de grupo de trabalho 'três-a-três' é particularmente indicativa, o que cria a base para um diálogo posterior", apontou Yaxu.

Além disso, a especialista enfatizou que o aquecimento nas relações Moscou-Washington é de fato de grande importância estratégica.

Ela lembrou que este é o primeiro encontro presencial entre os líderes dos dois países em quatro anos, bem como a primeira visita do presidente russo aos Estados Unidos na última década.

Neste contexto, opinou, esses fatos indicam o fracasso das tentativas ocidentais de isolar a Rússia no palco mundial.

"Embora nenhum acordo específico tenha sido alcançado no final da cúpula, a reunião no Alasca foi uma chance estratégica para uma distensão e, claro, um momento histórico importante", finalizou.

Mais cedo, no Alasca, ocorreram conversas entre Putin e Trump. A reunião dos líderes teve lugar na base militar de Elmendorf-Richardson e durou cerca de três horas.