Brasil
Mídia: governo do Brasil avalia que Trump busca influenciar política brasileira e planeja ações além de Bolsonaro

O governo brasileiro interpreta as tarifas e sanções impostas pelos Estados Unidos como parte de uma estratégia de "mudança de regime" no país.
A avaliação é de que o presidente Donald Trump está indo além da simples tentativa de interferência no julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) pelo Supremo Tribunal Federal (STF), previsto para setembro.
Segundo uma fonte do Palácio do Planalto ventilou à Folha de S. Paulo, as ações lideradas por Trump têm como objetivo impactar o cenário eleitoral do Brasil. Na visão do governo, os EUA desejam garantir que um candidato ideologicamente alinhado com Trump esteja presente na disputa presidencial de 2026.
Além disso, o governo acredita que, caso o presidente Lula (PT) seja reeleito no próximo ano, Trump poderá questionar a legitimidade do pleito brasileiro. O deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) tem repetido que, se Jair Bolsonaro for impedido de concorrer, os EUA não reconhecerão o resultado da eleição no Brasil.
Para o Planalto, há uma movimentação por parte dos Estados Unidos para reafirmar sua influência na América Latina. Como exemplo, além de pressionar pela absolvição de Bolsonaro e criticar a prisão do ex-presidente colombiano Álvaro Uribe (ligado à direita), Washington também manifestou apoio à prisão da ex-presidente argentina Cristina Kirchner (associada à esquerda).
Ações dos EUA
Em 30 de julho, o Tesouro dos EUA incluiu o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), na lista de restrições do departamento, acusando-o de "campanha opressiva de censura, detenções arbitrárias que violam direitos humanos e processos politizados, inclusive contra o ex-presidente Jair Bolsonaro", investigado nos processos da trama golpista após as eleições de 2022.
No mesmo dia, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, oficializou o tarifaço de 50% sobre as exportações brasileiras. A taxação, que excluiu cerca de 700 produtos, como suco de laranja e itens de aviação, entrou em vigor na quarta-feira passada (6).
Sobre as taxações, e sem citar o deputado federal Eduardo Bolsonaro — filho do ex-presidente, que está nos EUA há alguns meses fazendo lobby contra o julgamento do pai e se dizendo um dos responsáveis pelas medidas contra o Brasil —, Moraes declarou que o intuito dos investigados é "provocar instabilidade e abrir caminho para um novo ataque".
"Assumem, inclusive nas redes sociais, a intermediação com um governo estrangeiro para impor medidas econômicas contra o Brasil, como a taxação de 50% dos produtos brasileiros nos Estados Unidos."
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