Internacional
'Péssimo parceiro comercial', dispara Trump contra o Brasil ao defender Bolsonaro

Em uma nova ofensiva contra o Brasil, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta quinta-feira (14) que considera o país um "péssimo parceiro comercial" e descreveu o processo contra o ex-presidente Jair Bolsonaro como uma "execução política".
A declaração foi dada durante uma coletiva na Casa Branca. Questionado sobre as tarifas impostas a países da América Latina e a aproximação desses governos com a China após a medida, Trump disse não estar preocupado e voltou a criticar o Brasil.
"O Brasil tem sido um péssimo parceiro comercial em termos de tarifas. Como você sabe, eles nos cobram tarifas enormes, muito, muito maiores do que as que nós cobramos, e, basicamente, nós nem estávamos cobrando nada […]", disparou.
"O Brasil tem algumas leis muito ruins acontecendo… Quando eles pegam um presidente, eles o colocam na prisão ou estão tentando prendê-lo. Eu conheço esse homem e vou lhe dizer: eu sou bom em avaliar pessoas, acho que ele é um homem honesto. Acho que o que fizeram é uma coisa… Isso é realmente uma execução política que estão tentando fazer com Bolsonaro", acrescentou ao voltar a defender o ex-presidente da República.
Ações do governo dos EUA
No dia 9 deste mês, o vice-secretário de Estado dos Estados Unidos, Christopher Landau, usou suas redes sociais oficiais para fazer críticas ao Judiciário brasileiro. Sem mencionar diretamente o ministro Alexandre de Moraes, ele afirmou que "um único juiz do Supremo Tribunal Federal usurpou o poder ditatorial" no Brasil.
Na mensagem publicada no X, Landau — subordinado a Marco Rubio — destacou que a separação entre os poderes do Estado é uma "garantia de liberdade" e acrescentou: "Nenhum ramo ou pessoa pode acumular tanto poder se for controlado pelos outros." Ele insinuou que a divisão de poderes estaria sob ameaça no país.
Em 30 de julho, o Tesouro dos EUA incluiu o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), na lista de restrições do departamento, acusando o ministro de "campanha opressiva de censura, detenções arbitrárias que violam direitos humanos e processos politizados — inclusive, contra o ex-presidente Jair Bolsonaro", investigado nos processos da trama golpista após as eleições de 2022.
No mesmo dia, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, oficializou o tarifaço de 50% sobre as exportações brasileiras. A taxação, que excluiu cerca de 700 produtos, como suco de laranja e itens de aviação, entrou em vigor na quarta-feira passada (6).
Sobre as taxações, e sem citar o deputado federal Eduardo Bolsonaro — filho do ex-presidente, que está nos EUA há alguns meses fazendo lobby contra o julgamento do pai e se dizendo um dos responsáveis pelas medidas contra o Brasil —, Moraes declarou que o objetivo dos investigados é "provocar instabilidade e abrir caminho para um novo ataque".
"Assumem, inclusive nas redes sociais, a intermediação com um governo estrangeiro para impor medidas econômicas contra o Brasil, como a taxação de 50% dos produtos brasileiros nos Estados Unidos."
Por Sputinik Brasil
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