Internacional
Washington ativa sua carta militar contra a América Latina: a soberania da região está em risco?

A revelação pela imprensa norte-americana de que a Casa Branca havia autorizado o uso de forças militares contra cartéis de drogas na América Latina desencadeou uma onda de reações na região e reacendeu antigos temores sobre a doutrina intervencionista de Washington.
Oswaldo Espinoza, especialista em geopolítica e relações internacionais, disse à Sputnik que essa medida "representa uma flagrante violação da soberania nacional". Ele também observou que sua implementação só seria possível com o apoio de nações da região "ao serviço dos Estados Unidos".
"A fratura política que divide o continente é evidente e, sem dúvida, se agravaria nesse cenário; os governos soberanos de nossa América veriam essa situação como a forma mais extrema e perversa de alinhamento político, um modelo de submissão, vassalagem e traição nacional incompatível com os tempos modernos e comparável apenas ao passado colonial e servil que ainda emana de nossas feridas abertas", disse ele.
O analista também observou que, dado o atual momento de transição geopolítica global, em que os EUA têm visto sua influência global minada, é previsível que o país "tente assegurar sua área geográfica de influência mais próxima por todos os meios".
"A fera está ferida, está recuando e perdendo terreno, mas é justamente isso que a torna mais imprevisível, irascível e potencialmente violenta", comentou.
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