Alagoas

Ufal e Ministério da Saúde lançam Núcleo de Telessaúde de Alagoas com foco em gestantes de Alto Risco

Projeto irá contemplar oito municípios alagoanos; lançamento conta com a presença da secretária de Informação e Saúde Digital do Governo Federal, Ana Estela Haddad

Por Ascom Easy Ufal 05/08/2025
Ufal e Ministério da Saúde lançam Núcleo de Telessaúde de Alagoas com foco em gestantes de Alto Risco
Ufal e Ministério da Saúde lançam Núcleo de Telessaúde de Alagoas com foco em gestantes de Alto Risco

Nesta quinta-feira (7), às 14h, o Centro de Pesquisa em Engenharia e Sistemas (Easy) realiza o lançamento oficial do Núcleo de Telessaúde de Alagoas, em cerimônia na Sala do Consuni, no prédio da Reitoria da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), no Campus A. C. Simões, em Maceió.

O projeto, com foco em gestações de Alto Risco, beneficiará oito municípios alagoanos, por meio de serviços de Telemedicina e do uso de tecnologias de Inteligência Artificial que auxiliarão os profissionais de saúde na predição de riscos, no monitoramento e na determinação de linhas de cuidado mais assertivas para o pré-natal adequado.

O evento contará com a presença da secretária de Informação e Saúde Digital do Ministério da Saúde, Ana Estela Haddad, o que reforça a importância estratégica do projeto, no cenário nacional da saúde digital. Isso porque o Núcleo faz parte de um conjunto de ações que fortalecem a presença de Alagoas no mapa do SUS Digital, a partir de um processo de modernização, integração e digitalização dos serviços de saúde pública, para garantir mais acesso, qualidade, equidade e eficiência no atendimento à população.

Financiado integralmente pelo Ministério da Saúde, por meio da Secretaria de Informação e Saúde Digital (Seidigi), o projeto terá duração de 36 meses e atuará em oito municípios alagoanos: Atalaia, Branquinha, Colônia Leopoldina, Penedo, Porto Calvo, Rio Largo, São Luís do Quitunde e União dos Palmares. As cidades foram selecionadas com base nos critérios de maturidade digital, índices de mortalidade, localização estratégica e hospitais de referência, com prioridade para o Hospital Universitário (HU/Ufal) e a Maternidade Escola Santa Mônica.

Com investimento de R$ 4,6 milhões, a iniciativa prevê a oferta de seis serviços de Telessaúde: Teletriagem, Tele-educação, Teleorientação, Teleinterconsulta, Teleconsultoria e Telemonitoramento. Dentro desse escopo, estão previstos mais de 3 mil atendimentos, distribuídos entre as diferentes modalidades, com especialistas em Ginecologia e Obstetrícia de Alto Risco, uma vez que o objetivo do Núcleo é reduzir as taxas de mortalidade materna e infantil em Alagoas.

"Nosso intuito é capacitar e atualizar profissionais envolvidos na assistência às gestantes, melhorar a qualidade da assistência pré-natal; rastrear, precocemente, riscos potenciais que algumas gestantes podem estar expostas; atuar com cuidados preventivos; reduzir custos assistenciais e diminuir, significativamente, as taxas de morbimortalidade materna, fetal, neonatal e infantil”, explica o idealizador, professor e responsável técnico do projeto, médico José Antônio Martins, obstetra especialista em gestação de Alto Risco.

Um dos grandes diferenciais do projeto é a adoção de tecnologias baseadas em Inteligência Artificial, que serão utilizadas para o rastreio de gestações de Alto Risco, possibilitando o diagnóstico precoce e um pré-natal mais adequado, por meio da ferramenta GestAR – desenvolvida, especialmente, para o Núcleo.

"A atuação será integrada ao sistema e-SUS e interoperável com a Rede Nacional de Dados em Saúde (RNDS). Portanto, já iniciamos este projeto de forma bastante alinhada às diretrizes do Ministério da Saúde, à Estratégia de Saúde Digital para o Brasil (ESD28) e à Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU), unindo os esforços para a redução da mortalidade materna e infantil à questão da interoperabilidade dos sistemas de saúde”, destaca o professor Marcelo Oliveira, coordenador do Núcleo de Telessaúde.

Além de ampliar o acesso a serviços especializados e qualificar o cuidado na saúde materna, o Núcleo de Telessaúde também fomentará a produção científica, com pesquisas baseadas nos dados e resultados obtidos ao longo do projeto. Com essa iniciativa, Alagoas dá um passo decisivo para integrar-se ao circuito nacional da Telemedicina, promovendo inovação, inclusão e equidade no cuidado à saúde das mulheres.