Cidades
Multicolecionadores de Alagoas, Pernambuco e Sergipe se reúnem em Penedo

No último final de semana, Penedo sediou o 12º Encontro de Multicolecionismo Alagoano. A Casa de Aposentadoria, localizada na Praça Barão de Penedo, foi o cenário para a reunião de multicolecionadores de Alagoas, Pernambuco e Sergipe.
O encontro érealizado três vezes ao ano e acontece em Penedo, Arapiraca e Maceió. Na segunda edição promovida no município, 20 expositores estiveram presentes no sábado (02) e domingo (03), dispostos a trocar, vender, comprar e expor uma parte de suas coleções.
“Penedo sediou mais um encontro de colecionadores, reunindo participantes de Alagoas e outros estados. O evento proporcionou a exibição de exemplares raros e únicos, permitindo a troca de conhecimentos e experiências. Os visitantes tiveram a oportunidade de apreciar pessoalmente moedas antigas, selos, postais, entre outros objetos de valor histórico. Este evento, de grande importância para a cidade, certamente contribuiu para o enriquecimento cultural e para o interesse dos participantes pela história”, comentou a secretária municipal de Cultura, Lazer e Juventude (SEMCLEJ), Tereza Machado.

O arapiraquense Samuel Santos, membro da Sociedade Numismática Alagoana, organizou o evento ao lado da penedense de coração Silvana Uchôa, que também integra a entidade e representa a Numismática Nordeste.
“Tivemos a honra de organizar mais um encontro e gostaria de expressar nossa gratidão a todos que compareceram. O sucesso do evento foi notável, impulsionado pela presença de diversos colecionadores, expositores e moradores da cidade. Agradecemos o apoio da Prefeitura de Penedo e das Secretarias de Cultura e Turismo. Reconhecemos a importância de eventos como este para promover o colecionismo e a valorização do patrimônio histórico. Agradecemos ao público pela presença e pela oportunidade de compartilhar nossa paixão pelo colecionismo”, destacou.
Hobbie remunerado e curiosidades
Os organizadores Samuel Santos e Silvana Uchôa contaram um pouco sobre o universo em que vivem e compartilharam algumas curiosidades. A primeira é que, para eles, o colecionismo se trata de um hobbie ‘remunerado’.
Ambos não vivem da numismática. Samuel, que reside em Arapiraca, é empresário no ramo de produtos de limpeza, enquanto Silvana é servidora pública aposentada por problemas de visão.
Uma das curiosidades relatadas é que, no Brasil, não existe empresa certificadora ou graduadora voltada à numismática. “No contexto do colecionismo, a autenticidade das peças é um fator crucial, devido às falsificações. Para certificar e, consequentemente, valorizar as peças, é comum submetê-las a empresas especializadas em avaliação e graduação. Essas empresas atestam a autenticidade das cédulas, verificando-as conforme critérios rigorosos. Inicialmente, e ainda hoje, essas empresas estão localizadas principalmente nos Estados Unidos. O processo envolve o envio das peças para avaliação, com pagamento de uma taxa em dólares”, explicou Santos.

Famosa Baiana, cédula certificada nos Estados Unidos e avaliada atualmente em R$ 1.800 (Foto Roberto Miranda)O empresário estava com a ‘Famosa Baiana’, última cédula impressa pela Casa da Moeda do Rio de Janeiro antes da entrada do Real. A cédula de 50 mil Cruzeiros Reais, após avaliação nos Estados Unidos, está avaliada em R$ 1.800.
A certificadora americana, além de atestar a autenticidade, verifica critérios como desgaste, arranhões, defeitos de impressão e tiragem. O colecionador brasileiro, para graduar sua cédula ou moeda, além de pagar a taxa à empresa americana, também arca com os custos postais para o envio.
Outra curiosidade, desta vez contada por Silvana Uchôa, é que na numismática existem três tipos de moedas: de Circulação, de Circulação Comemorativa e de Coleção, podendo ser cunhadas em cuproníquel, prata ou ouro.
A colecionadora apresentou um conjunto de seis moedas em comemoração aos 500 anos do nascimento do Padre Anchieta, avaliadas atualmente em cerca de R$ 1.500. Uchôa afirma possuir objetos ainda mais valiosos, com valor inestimável, como sua coleção pessoal de cédulas, que não está disponível para venda ou troca.
A servidora pública aposentada possui mais de 10 mil peças em sua coleção, entre cédulas, moedas, cartões telefônicos e outros itens.
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