O ex-presidente Jair Bolsonaro desistiu de participar de um evento na Câmara dos Deputados nesta terça-feira (22), quando seria homenageado em uma sessão de "louvor" organizada por parlamentares do PL.

Durante coletiva de imprensa, deputados criticaram o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos), que proibiu a realização de sessões formais durante o recesso parlamentar.

Também foram feitos ataques ao ministro Alexandre de Moraes, relator do processo contra o ex-mandatário no Supremo Tribunal Federal (STF).

"Hoje votaríamos uma moção de louvor ao presidente Bolsonaro. Queremos falar como homens livres que se recusam a ficar calados diante da tentativa brutal de apagar da história um dos maiores líderes políticos que essa nação já viu nascer", declarou o deputado Zucco (PL), líder da oposição.

A ausência de Bolsonaro gerou especulações nos bastidores do Congresso sobre o receio de uma eventual ordem de prisão preventiva, após ele ter participado de reunião com congressistas na véspera.

Já o líder da bancada do PL na Câmara, deputado Sóstenes Cavalcante, criticou a decisão de Motta de manter o recesso. "Foi uma decisão errada. Mas nós vamos continuar trabalhando, entrincheirados", afirmou.

Ainda na coletiva, o deputado Filipe Barros (PL), presidente da Comissão de Relações Exteriores, anunciou que pretende apresentar denúncia na Corte Interamericana de Direitos Humanos, alegando perseguição política a Bolsonaro.