O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, declarou nesta terça-feira (15) que não é amigo pessoal de Jair Bolsonaro, mas saiu em defesa do ex-presidente brasileiro ao comentar as investigações sobre a tentativa de golpe de Estado no Brasil. Segundo ele, o processo movido contra Bolsonaro é uma "caça às bruxas" e não deveria estar acontecendo.

A declaração de Trump foi dada a jornalistas após ele ser informado sobre o pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR) para condenar Bolsonaro no âmbito da investigação que apura uma suposta articulação golpista. Ao comentar o caso, Trump destacou que, apesar de não manter uma relação pessoal próxima com o ex-presidente, reconhece sua atuação à frente do governo brasileiro.

“O presidente Bolsonaro não é um homem desonesto. Ele ama o povo do Brasil. Ele lutou muito pelo povo do Brasil. Ele negociou acordos comerciais contra mim pelo povo do Brasil e foi muito duro”, afirmou o presidente norte-americano.

Trump disse ainda considerar lamentável o tratamento que Bolsonaro vem recebendo da Justiça brasileira. “Eu acredito que é uma caça às bruxas e não deveria estar acontecendo. Não é que... olha, ele não é como um amigo meu, ele é alguém que eu conheço. E eu o conheço como um representante de milhões de pessoas. Os brasileiros são ótimas pessoas”, disse.

Na sequência, Trump reforçou que considera Bolsonaro um presidente respeitado e que o processo judicial pode ser interpretado como uma perseguição. “Ele ama o país e lutou muito por essas pessoas, e eles querem colocá-lo na cadeia. Eu acho que é uma caça às bruxas e acho muito lamentável. Ninguém está feliz com o que o Brasil está fazendo porque Bolsonaro era um presidente respeitado”, concluiu.

A fala de Trump reacende o debate político sobre a repercussão internacional do caso Bolsonaro, especialmente no contexto da polarização ideológica e das relações diplomáticas entre Brasil e Estados Unidos.