O Federal Reserve rebateu as críticas à reforma de sua sede, afirmando que, a partir de 2023, o conselho realizou algumas alterações no projeto para remover certos elementos e não adicionou novos.

"Essas alterações visavam simplificar e acelerar a construção restante, diminuir a complexidade e reduzir a possibilidade de novos estouros de custos e atrasos", disse o BC em seu website. "O Federal Reserve não considera nenhuma dessas alterações como justificativa para uma revisão mais aprofundada", observou o Fed, reiterando que está comprometidos em continuar o trabalho como uma agência responsável no governo federal e como um bom cidadão em Washington, DC.

O Fed listou alguns dos fatores que motivaram o estouro do custo da obra em relação ao originalmente projetado. Além de alterações nos projetos originais de construção como resultado de consulta a agências de revisão, surgiram diferenças ao longo do tempo entre estimativas originais e custos reais de materiais, equipamentos e mão de obra.

O BC citou ainda que se deparou com outras condições imprevistas, como, por exemplo, mais amianto do que o previsto, contaminação tóxica no solo e lençol freático mais alto do que o esperado.

O presidente do Fed, Jerome Powell, solicitou ao inspetor-geral do banco central uma revisão do projeto de reforma de US$ 2,5 bilhões da sede da instituição, que se tornou um dos principais alvos de ataques do governo Trump, disse uma fonte familiarizada, segundo o site americano de notícias Axios.

Na semana passada, Russell Vought, diretor do Escritório de Gestão e Orçamento (OMB), publicou uma carta que enviou a Powell pedindo respostas sobre a renovação, que estourou o orçamento original em cerca de US$ 700 milhões.