Internacional
ONU denuncia morte de quase 800 civis em postos de ajuda em Gaza
Mulheres e crianças estão entre as principais vítimas

A Organização das Nações Unidas (ONU) denunciou nesta sexta-feira (11) que quase 800 pessoas foram mortas na Faixa de Gaza em postos de ajuda humanitária desde o fim de maio.
A informação foi divulgada pela porta-voz do Escritório do Alto Comissariado da ONU para os Direitos Humanos, Ravina Shamdasani, em declaração à imprensa.
Os casos foram mapeados de 27 de maio até o início de julho e registrados em centros administrados pela Fundação Humanitária de Gaza (GHF) e perto de comboios de outros grupos de ajuda humanitária.
"Até 7 de julho, registramos 798 assassinatos, dos quais 615 ocorreram perto de locais administrados pela Fundação Humanitária de Gaza e 183 presumivelmente nas rotas de comboios humanitários", declarou.
De acordo com ela, "são quase 800 pessoas mortas enquanto tentavam obter ajuda". "Isso é inaceitável", acrescentou.
Shamdasani reiterou ainda os princípios do direito internacional humanitário, particularmente os princípios de distinção, proporcionalidade e necessidade, na condução das hostilidades.
Do total de mortos em Gaza, "uma grande porcentagem são mulheres e crianças. E, mais uma vez, isso levanta sérias dúvidas sobre o respeito a esses princípios", acrescentou.
Depois da divulgação dos dados, o Exército israelense afirmou ter aprendido a lição. "Após incidentes em que foram relatados danos a civis que chegavam aos centros de distribuição, investigações completas foram conduzidas e instruções foram emitidas às forças em terra com base nas lições aprendidas", afirmou a nota, acrescentando que os incidentes estão sendo revisados.
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