Internacional
'Coalizão dos dispostos' prega aumento da pressão contra Rússia
Grupo se reuniu à margem de conferência de reconstrução em Roma

Líderes dos países que integram a chamada "coalizão dos dispostos" realizaram uma reunião por videoconferência nesta quinta-feira (10) para discutir o apoio à Ucrânia.
A conversa ocorreu à margem da cúpula sediada em Roma sobre a reconstrução do país do leste europeu e contou pela primeira vez com um representante dos Estados Unidos: Keith Kellogg, enviado do presidente Donald Trump para a Ucrânia.
"Nossa pressão conjunta criou sérios problemas estratégicos para a Rússia. Agora precisamos de sanções fortes dos Estados Unidos", disse o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, em seu discurso na reunião do grupo, que conta com países dispostos a oferecer garantias de segurança a Kiev após um eventual acordo de paz com Moscou.
"Infelizmente, a Rússia ainda tem capacidade de continuar combatendo, por isso precisamos aumentar a pressão e reforçar ainda mais nossa defesa", salientou Zelensky em Roma, enquanto o presidente da França, Emmanuel Macron, e o premiê britânico, Keir Starmer, principais fiadores da "coalizão dos dispostos", acompanhavam por videoconferência a partir do Reino Unido.
Tanto Macron quanto Starmer defenderam o aumento da "pressão" sobre o presidente russo, Vladimir Putin, para levar Moscou à mesa de negociações e reiteraram a disponibilidade de liderar uma futura e hipotética missão militar para garantir a segurança da Ucrânia no pós-guerra.
"Elaboramos um plano que está pronto para se tornar operacional e ser implementado somente algumas horas depois de um cessar-fogo", assegurou Macron. Starmer foi mais prudente e disse que o projeto "está pronto", mas diz respeito a uma "perspectiva de longo prazo".
"Temos de reorientar nossos esforços para preparar a paz, forçando Putin a sentar-se à mesa de negociações", acrescentou o premiê britânico.
Anfitriã da conferência para a reconstrução da Ucrânia, a primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni, também discursou no encontro da "coalizão dos dispostos" e pregou a "união do Ocidente", além de fazer coro aos apelos por uma pressão maior contra Moscou.
"Com bombardeios massivos e contínuos contra civis, a Rússia não mostra vontade de fazer progressos", declarou a chefe de governo. "Podem sempre contar com a Itália", acrescentou.
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