Alagoas
Ufal inicia implantação de anéis ópticos para ampliar velocidade da rede
O investimento estratégico busca garantir internet dez vezes mais rápida e reduzir falhas por rompimento de fibras

A Universidade Federal de Alagoas (Ufal) está em processo de implantação de uma nova infraestrutura de rede baseada em anéis ópticos. O projeto, que deve ser concluído até o terceiro trimestre de 2025, prevê um aumento de dez vezes na capacidade de tráfego da rede, maior estabilidade da conexão e respostas automáticas em casos de falhas, além de substituir equipamentos obsoletos por dispositivos de última geração.
Segundo Reinaldo Cabral, diretor do Núcleo de Tecnologia da Informação (NTI/Ufal), a mudança reflete uma resposta às demandas manifestadas pela comunidade por uma conexão mais estável e com mais qualidade. “A internet atualmente é um serviço essencial para as ações de ensino, pesquisa e extensão, além de viabilizar a execução das atividades administrativas. Os novos anéis ópticos aumentarão a disponibilidade e a qualidade da internet para as unidades”, afirma o diretor.
Redundância para maior disponibilidade
Na prática, os anéis ópticos funcionam como rotas alternativas de conexão. Se uma das conexões for interrompida, por queda de energia, manutenção ou rompimento de fibras, o tráfego de dados é redirecionado automaticamente por outro caminho, sem necessidade de intervenção humana e com uma breve latência de apenas alguns segundos.
Este projeto atenderá todas as unidades do Campus A. C. Simões e prevê a substituição de switches de borda, switches de acesso e módulos ópticos (gbics), com suporte para velocidades de até 10 Gbps. Isso representa um aumento de dez vezes em relação à capacidade atual da rede.
Com essa modernização, a comunidade acadêmica e administrativa pode esperar uma navegação mais rápida, videoconferências mais estáveis, menor latência nos horários de pico e suporte a tecnologias emergentes como 5G, internet das coisas (IoT) e computação em nuvem.
Desafios técnicos e soluções
A implantação exige cuidados especiais, como o planejamento de rotas que garantam redundância em todas as unidades, a integração de equipamentos de diferentes fabricantes e a atualização da rede em funcionamento com o mínimo de interrupções.
“Antes de cada substituição, são realizados testes e simulações para garantir a menor indisponibilidade possível. Até o momento, o tempo máximo de interrupção registrado foi de 40 minutos em uma unidade com grande volume de conexões”, explica Francisco Meneses, coordenador geral de redes.
O trabalho também envolveu testes em laboratório, passagem de novas fibras ópticas e substituição de equipamentos antigos. Para Everton Oliveira, analista de TI, o sucesso da operação se deve ao esforço coletivo. “Diferentes visões permitiram um melhor planejamento para alcançar melhores resultados”, afirmou.
Resposta a problemas históricos
A decisão de implantar os anéis ópticos surgiu a partir da recorrência de falhas causadas por rompimentos de fibras, seja por acidentes com veículos, incidentes com podas de árvores, ou até vandalismo.
“Sempre que uma fibra se rompia, várias unidades ficavam sem internet por horas ou dias até que o reparo fosse feito. Com os novos anéis, essa indisponibilidade tende a diminuir drasticamente”, concluiu Cabral.
O projeto faz parte de um plano maior de transformação digital da instituição, pensado desde 2020. Para torná-lo viável, foi preciso recuperar o tronco principal da rede, lançar novas fibras, reforçar a proteção elétrica dos racks, contratar serviço especializado em rede lógica e adquirir novos equipamentos com suporte a protocolos de rede mais avançados.
Modernização em curso
Apesar da complexidade da operação, a instalação física dos anéis já foi concluída. A equipe segue avançando de forma gradual e planejada nas etapas de configuração e substituição dos equipamentos. As unidades impactadas serão previamente notificadas por e-mail, e o cronograma está sendo rigorosamente seguido para minimizar transtornos e garantir a conclusão do projeto até o terceiro trimestre de 2025.
Com a conclusão do projeto, a expectativa é de que a conectividade do Campus A. C. Simões alcance um novo patamar, oferecendo um serviço à altura das necessidades acadêmicas e administrativas da instituição.
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