Internacional
União Europeia quer 'novo capítulo' nas relações com a China
Europeus pretendem 'reduzir riscos' durante cúpula em Pequim

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, anunciou nesta terça-feira (8) que durante a cúpula com a China, a ser realizada nos dias 24 e 25 de julho em Pequim, o bloco pretende propor ações para "reequilibrar as relações econômicas, reduzir riscos e promover a diplomacia em questões globais, incluindo o clima".
"Estamos prontos para escrever um novo capítulo nas relações com a China", destacou Von der Leyen durante uma sessão plenária no Parlamento europeu em Estrasburgo, na França, a respeito dos laços da UE com o gigante asiático.
Para a líder do bloco, "se a China afirma defender o multilateralismo, então deve respeitar as regras e os princípios do comércio internacional estabelecidos pela Organização Mundial de Comércio (OMC)".
"Pequim traz riscos muito concretos para a Europa, de natureza tanto estratégica quanto sistêmica, que recaem sobre nossa segurança e competitividade", observou Von der Leyen, que lembrou que os chineses possuem "um sistema completamente diferente e com ferramentas únicas que lhes permitem jogar fora das regras" comerciais globais.
"Isso, por exemplo, permite à China inundar os mercados globais com excesso de subsídios públicos", permitindo "não apenas impulsionar suas próprias indústrias, mas também sufocar a concorrência internacional", disse.
"A China também se tornou um ator formidável em informação e ciberespaço globais", e a UE pretende ser "muito vigilante contra qualquer forma de operação de influência e ataques cibernéticos", acrescentou a alemã, reforçando que irá levar à cúpula em Pequim propostas para "reequilibrar as relações econômicas, reduzir riscos e promover a diplomacia em questões globais, incluindo o clima".
O encontro a ser realizado nos dias 24 e 25 de julho marca os 50 anos dos laços diplomáticos entre a UE e a China em um momento em que as relações oscilam devido às disputas comerciais e ao apoio de Pequim à Rússia na guerra contra a Ucrânia, algo "inaceitável" para a UE por "criar instabilidade e insegurança ainda maiores à Europa".
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