Brasília (DF) - Com investimento de R$ 1,84 milhão, o Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR), por meio da Secretaria Nacional de Segurança Hídrica (SNSH), está coordenando a implementação do sistema “Monitorando Águas”, que vai aprimorar o controle, a transparência e a eficiência das ações de revitalização de bacias hidrográficas. Com o uso de geotecnologias, a ferramenta permitirá identificar áreas críticas, monitorar resultados e apoiar gestores públicos em decisões estratégicas para garantir água de qualidade à população. A ação atende às diretrizes do Programa Nacional de Revitalização de Bacias Hidrográficas e tem como foco as bacias dos rios São Francisco e Parnaíba, além das áreas de influência dos reservatórios operados por Furnas.

O projeto está sendo executado pelo Instituto Avançado de Pesquisa e Estudos do Cerrado (IAPEC), com recursos autorizados pelos Comitês Gestores das Contas de Programas de Revitalização (CPRs), presididos pelo MIDR, e financiados por meio dos contratos com a Eletrobras Furnas e a Eletrobras Chesf. O objetivo é desenvolver uma infraestrutura digital robusta para apoiar os comitês gestores na tomada de decisão, por meio de um sistema informatizado baseado em plataformas integradas do ecossistema Esri, referência mundial em soluções geoespaciais.

“O sistema Monitorando Águas vai permitir um acompanhamento, uma fiscalização de todas as iniciativas dos programas de revitalização dos recursos hídricos das bacias hidrográficas do São Francisco, na região de Furnas, e do Parnaíba. Por isso, tem uma utilidade imprescindível para os comitês gestores dos programas de revitalização”, avalia Nelton Miguel Friedrich, diretor de Revitalização de Bacias Hidrográficas e Segurança Hídrica da SNSH.

“Sendo uma plataforma aberta, permitirá identificar com clareza o que está sendo feito em cada território, quais são os benefícios gerados para a população e quem são os responsáveis pela execução. Esse instrumento reforça o compromisso com a transparência, com a melhoria da qualidade dos serviços públicos e com o monitoramento constante das ações”, completou o gestor.

A iniciativa está estruturada em três metas principais, com entregas previstas ao longo de 36 meses. A primeira meta é a criação de um banco de dados geográficos estruturado e interoperável. Na segunda etapa, serão desenvolvidos produtos digitais, como webmaps, dashboards interativos e storymaps. Por fim, serão produzidos indicadores de desempenho, estudos técnicos e ações de capacitação para os usuários do sistema.

Além de promover a integração de dados e o monitoramento contínuo das ações de revitalização, o sistema permitirá diagnósticos mais precisos sobre a situação das bacias, enfrentando desafios como a degradação ambiental, a escassez hídrica e a pressão sobre os recursos naturais. O projeto reforça o compromisso do MIDR com a sustentabilidade ambiental e a segurança hídrica, ao aliar tecnologia de ponta à gestão pública estratégica.