Internacional

Lula diz que 'solução' para Gaza é o 'fim da ocupação' de Israel

Petista voltou a defender estabelecimento de um Estado palestino

Redação ANSA 07/07/2025
Lula diz que 'solução' para Gaza é o 'fim da ocupação' de Israel
Localidade nas proximidades da fronteira entre Israel e Gaza completamente destruída - Foto: © ANSA/AFP

Em seu discurso de abertura da cúpula do Brics, no Rio de Janeiro, o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), avaliou que a solução do conflito na Faixa de Gaza é o "fim da ocupação israelense", além de ter pedido que o mundo não fique "indiferente" ao "genocídio praticado por Israel" no enclave palestino.

"Absolutamente nada justifica as ações terroristas perpetradas pelo Hamas, mas não podemos permanecer indiferentes ao genocídio praticado por Israel em Gaza e a matança indiscriminada de civis inocentes e o uso da fome como arma de guerra", declarou o mandatário

Em sua fala, o petista acrescentou que a "solução desse conflito só será possível com o fim da ocupação israelense e com o estabelecimento de um Estado palestino soberano, dentro das fronteiras de 1967".

Lula alertou que o mundo enfrenta atualmente uma "série de conflitos sem precedentes desde a Segunda Guerra Mundial", além de ter afirmado que a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) "alimentou a corrida armamentista" após os países-membros concordarem em aumentar para 5% do Produto Interno Bruto (PIB) os gastos em defesa.

"É mais fácil destinar 5% do PIB para gastos militares do que alocar os 0,7% prometidos para Assistência Oficial ao Desenvolvimento. Isso evidencia que os recursos para implementar a Agenda 2030 existem, mas não estão disponíveis por falta de prioridade política. É sempre mais fácil investir na guerra do que na paz", disse o brasileiro, acrescentando que o temor de uma catástrofe nuclear "voltou ao cotidiano".

Lula ainda recordou do conflito no leste europeu ao dizer que Rússia e Ucrânia precisam "aprofundar o diálogo direto com vistas a um cessar-fogo e uma paz duradoura" na região. O líder também declarou que o governo brasileiro "denunciou as violações à integridade territorial do Irã, como já havia feito no caso" de Kiev..