Brasil
Padilha reforça compromisso do BRICS com saúde e crítica Trump: 'Persegue os pesquisadores de vacina'

O ministro da Saúde do Brasil, Alexandre Padilha, disse nesta segunda-feira (7) que o BRICS reforçou o compromisso com a saúde nesta cúpula e criticou o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, a quem classificou como perseguidor de pesquisadores de vacina.
Em conversa com a imprensa no Museu de Arte Moderna (MAM), no Rio de Janeiro, onde ocorrem os principais encontros desta Cúpula do BRICS, Padilha declarou que o grupo permanece ao lado da Organização Mundial da Saúde (OMS), especialmente com financiamentos.
"O BRICS está dizendo aqui que a saúde e a vida importam. Vocês lembram do Black Lives Matter? Se um presidente de um país do hemisfério Norte resolver atacar a OMS, tirar o dinheiro da OMS, fazer campanha contra a vacina, os chefes de Estado do BRICS estão dizendo aqui: ‘Nós queremos produzir mais medicamentos, vacinas, cuidar da saúde, valorizar a ciência e fortalecer a OMS'."
Em seguida, Padilha foi perguntado sobre as falas de Trump, que anunciou na noite do último domingo (6) que fará uma taxa especial para países ligados ao BRICS, que supostamente estariam produzindo políticas anti-americanas. O ministro declarou que o presidente vai contra uma tradição dos EUA em defesa da ciência e chamou o mandatário norte-americano de perseguidor de pesquisadores de vacina.
"Os países do BRICS estão defendendo vida, saúde e ciência. Não vejo nada de anti-americano nisso. Não sei se os EUA mudaram toda a sua tradição histórica de defesa da ciência. A gente vê hoje, infelizmente, o presidente dos EUA que persegue pesquisadores de vacina, corta recursos para as universidades, cancelou o contrato de produção de vacina e cortou um projeto importante da vacina de RNA mensageiro."
Parceiras do BRICS na saúde
Padilha também informou aos jornalistas que, com a ajuda do BRICS, o Brasil voltará a ter insulina nacional. Segundo o ministro, esta ação conta com a parceria de empresas de China e Índia, em um momento no qual há uma crise na produção do medicamento diante das canetas emagrecedoras.
"Muitas empresas estão migrando a sua plataforma de produção de insulina para produzir medicamentos de emagrecimento. Então, em momento como esse, essa parceria do BRICS garante um produto vital não só para as populações do BRICS, mas para a população do mundo."
O ministro também informou que o governo federal, em parceria com Pequim, construirá o Instituto Tecnológico de Medicina Inteligente Brasil. O projeto, avaliado em mais de R$ 1,5 bilhão, foi enviado ao Novo Banco de Desenvolvimento (NBD) — popularmente conhecido como Banco do BRICS — e aguarda aprovação do financiamento.
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