Internacional
Vice-premiê da Itália afirma que questão da cidadania 'é séria'
Tajani garantiu que tema não é para causar ressentimentos

O vice-premiê e ministro das Relações Exteriores da Itália, Antonio Tajani, declarou neste domingo (6) que o tema da cidadania é um "assunto sério", além de garantir que os debates sobre ela não são para causar ressentimentos.
"A questão da cidadania é uma coisa séria, não para fazer despeito de um ou de outro. Tentarei convencer meus aliados aprofundando o conteúdo. Muitos falam da nossa proposta por meio de títulos, sem nem saber o que estão dizendo. Confundem-se com a proposta do Partido Democrata (PD), mas a nossa é completamente diferente", declarou o político em um evento.
Tajani acrescentou que está pronto para "discutir com todos" sobre o assunto, além de avaliar que é uma "forma de garantir que a Itália seja mais forte com sua identidade e cultura".
Na visão do vice-premiê, o "medo" em relação aos migrantes "não se resolve dizendo que quem usa o véu coloca um saco de lixo na cabeça, porque assim só se cria um inimigo".
"Em vez disso, é preciso convencer uma família a enviar seu filho para uma escola italiana para se tornar um bom cidadão. Esta é uma batalha cultural que pretendo travar, uma batalha que fortalece a Itália e o nosso país, além da frouxidão, do PD e do desejo de facilitar a cidadania", afirmou.
Na última sexta-feira (4), a primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni, disse que a reforma da cidadania, que busca facilitar a concessão do documento para menores de idade nascidos no país, mas filhos de estrangeiros, não está entre as prioridades indicada em seu programa de governo.
Um projeto já protocolado no Parlamento prevê o reconhecimento da cidadania para estrangeiros nascidos na Itália ou que tenham chegado ao país antes do quinto aniversário, mas os candidatos precisariam completar 16 anos de idade, concluir o ciclo escolar até essa faixa etária e residir em solo italiano durante uma década ininterrupta.
Atualmente, filhos de imigrantes nascidos no país podem se tornar cidadãos somente após os 18 anos, e desde que tenham sempre vivido na Itália.
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