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'Negacionismo' e 'unilateralismo' estão acabando com o avanço que podemos alcançar, diz Lula

Por Sputinik Brasil 07/07/2025
'Negacionismo' e 'unilateralismo' estão acabando com o avanço que podemos alcançar, diz Lula
Foto: © Sputnik

O presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva deu início aos trabalhos do segundo e último dia da reunião da Cúpula do BRICS, no Rio de Janeiro, nesta segunda-feira (7). O chefe do Executivo brasileiro criticou o crescimento do "negacionismo e unilateralismo" no mundo contemporâneo.

Para Lula, ações como essas vão na contramão dos avanços que podem ser alcançados. O presidente do Brasil também criticou as agressões contra a natureza e reforçou a importância de se respeitar o Acordo de Paris.

"Hoje, o negacionismo e o unilateralismo estão corroendo avanços do passado e sabotando nosso futuro. O aquecimento global ocorre em ritmo mais acelerado do que o previsto. As florestas tropicais estão sendo empurradas para seu ponto de não retorno. [...] Uma década após o Acordo de Paris, faltam recursos para a transição justa e planejada, essencial para a construção de um novo ciclo de prosperidade."

Ainda sobre meio ambiente e clima, um dos principais temas debatidos nesta Cúpula do BRICS, o presidente brasileiro frisou o interesse em acabar com o uso de combustíveis fósseis para, em suas palavras, "uma melhor manutenção" e cuidado com o clima.

"Nosso desafio é alinhar ações para evitar ultrapassar 1,5 graus de aumento da temperatura do planeta. Será preciso triplicar energias renováveis e duplicar a eficiência energética. É inadiável promover a transição justa e planejada para o fim do uso de combustíveis fósseis e para zerar o desmatamento."

O mandatário brasileiro também fez questão de relembrar o papel da Organização Mundial da Saúde (OMS) e Organização Mundial do Comércio (OMC) na garantia de medicamentos e vacinas, "essenciais para vencer" a epidemia da HIV/Aids, malária e tuberculose.

"Lutamos juntos pelo acesso a medicamentos e vacinas essenciais para vencer a epidemia de HIV/Aids, a malária, a tuberculose e outras mazelas que afetam principalmente os países mais vulneráveis. [...] Recuperar o protagonismo da OMS como foro legítimo para o enfrentamento às pandemias e na defesa da saúde dos povos é urgente."