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Cientistas propõem novo tipo de estrela alimentada por matéria escura no cosmos (IMAGENS)

Por Sputinik Brasil 07/07/2025
Cientistas propõem novo tipo de estrela alimentada por matéria escura no cosmos (IMAGENS)
Foto: © Foto / NASA, ESA, JPL-Caltech

Anãs escuras, corpos celestes hipotéticos alimentados pela aniquilação de matéria escura, podem estar escondidas no cosmos. Cientistas sugerem que essas estruturas eternas podem ser detectadas por sinais sutis, como a presença de lítio-7 em objetos que brilham mais do que deveriam.

Um novo estudo sugere que anãs escuras — corpos celestes hipotéticos — podem existir no Universo, sendo alimentadas pela aniquilação de matéria escura. Esses objetos seriam praticamente eternos e, embora muito tênues, poderiam ser detectados por meio de características específicas. A proposta amplia as possibilidades de onde procurar sinais da elusiva matéria escura.

A matéria escura é uma substância invisível que não emite nem reflete luz, sendo detectada apenas por seus efeitos gravitacionais sobre a matéria comum. Apesar de décadas de busca, nenhuma evidência direta foi encontrada. Agora, cientistas do Reino Unido e dos EUA propõem que ela possa estar escondida no interior de anãs marrons.

Representação artística de uma anã escura
Representação artística de uma anã escura

As anãs marrons são objetos maiores que planetas gasosos, mas menores que estrelas, e não possuem massa suficiente para iniciar a fusão nuclear. Elas vagam pelo espaço como corpos frios e pouco luminosos. No entanto, em regiões com alta concentração de matéria escura, essa substância pode se acumular em seus núcleos e gerar energia por meio da aniquilação de partículas.

Se a matéria escura for composta por partículas massivas de interação fraca (WIMPs, na sigla em inglês), que se aniquilam ao colidir, a energia gerada poderia sustentar essas anãs marrons, transformando-as em anãs escuras. Esse processo lhes conferiria brilho, temperatura e tamanho constantes, tornando-as praticamente eternas. Quanto mais matéria escura ao redor, mais intensa seria essa fonte de energia.

Para identificar essas anãs escuras, os pesquisadores sugerem procurar por lítio-7, um isótopo que se preserva em objetos frios como anãs marrons, mas é destruído em estrelas. Se um objeto se parecer com uma anã vermelha, mas contiver lítio-7, pode ser uma anã escura — e uma possível evidência da presença de matéria escura.

Contudo, essa hipótese depende da natureza específica da matéria escura. Se ela for composta por outras partículas, como áxions ou fótons escuros, o processo de aniquilação não ocorreria da mesma forma, e não haveria sinais visíveis. Além disso, ainda existe a possibilidade de que os efeitos atribuídos à matéria escura sejam causados por outra física ainda desconhecida.

Apesar das incertezas, explorar diferentes possibilidades é essencial para entender a matéria escura. Os cientistas destacam que diferentes observatórios podem buscar sinais variados dessa substância. No caso das anãs escuras, o melhor lugar para procurar seria o centro da Via Láctea, onde a concentração de matéria escura é mais elevada.