Internacional

Alterações do Hamas no acordo com Israel são inaceitáveis, afirma assessor de Netanyahu

Sputinik Brasil 06/07/2025
Alterações do Hamas no acordo com Israel são inaceitáveis, afirma assessor de Netanyahu
Foto: © AP Photo / Ali Mahmoud

As autoridades israelenses consideraram inaceitáveis as mudanças propostas pelo movimento palestino Hamas no acordo de cessar-fogo na Faixa de Gaza, afirmou Dmitri Gendelman, assessor do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu.

No sábado (5), de acordo com uma fonte israelense de alto escalão que falou ao portal de notícias Ynet, as autoridades israelenses decidiram enviar uma delegação ao Catar para negociações indiretas sobre um acordo de cessar-fogo com o Hamas.

"As alterações do Hamas à proposta do Catar nos foram entregues ontem à noite e são inaceitáveis para Israel. Após avaliar a situação, o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu nos instruiu a responder ao convite para negociações em um formato de diálogo indireto e a continuar os contatos sobre a questão da entrega de nossos reféns — com base na iniciativa do Catar, que Israel já aceitou", disse Gendelman no Telegram no sábado.

As autoridades israelenses devem partir para conversas com o movimento palestino no Catar neste domingo (6), acrescentou Gendelman.

No início desta semana, o Hamas confirmou sua resposta positiva à proposta de um novo acordo de cessar-fogo com Israel e sua prontidão para iniciar as negociações.

No dia 30 de junho, o ministro das Relações Exteriores egípcio, Badr Abdelatty, afirmou que o Cairo, junto com outros mediadores, estava tentando negociar um cessar-fogo de 60 dias na Faixa de Gaza e a libertação de vários reféns israelenses. O presidente dos EUA, Donald Trump, afirmou na terça-feira (1º) em sua rede social que Israel havia concordado com as condições necessárias para finalizar o cessar-fogo de 60 dias.

Em 7 de outubro de 2023, Israel foi alvo de um ataque de foguetes sem precedentes a partir de Gaza. Depois disso, militantes do Hamas penetraram nas áreas de fronteira, abrindo fogo contra militares e civis, e fizeram mais de 200 reféns. Segundo as autoridades, cerca de 1.200 pessoas foram mortas do lado israelense. Em resposta, as Forças de Defesa de Israel (FDI) lançaram ataques e, posteriormente, operações terrestres em Gaza. Os combates, que foram interrompidos por cessar-fogo de curto prazo, custaram a vida de mais de 57.000 palestinos e cerca de 1.500 israelenses, e se espalharam para o Líbano e o Iêmen.