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Começa Cúpula do BRICS no Rio: liderança do Brasil terá foco em saúde, clima, IA e multilateralismo

Sputinik Brasil 06/07/2025
Começa Cúpula do BRICS no Rio: liderança do Brasil terá foco em saúde, clima, IA e multilateralismo
Foto: CC BY 2.0 / Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações / 5th BRCIS Communications Ministers Meeting - Windsor Plaza - BRICS Working Group on ICT Cooperation

A Cúpula do BRICS começa neste domingo (6) no Rio, reunindo 11 países com foco em temas como o clima, saúde, inteligência artificial (IA) e cooperação multilateral. O Brasil, na presidência do bloco, busca liderar agendas estratégicas e consolidar conquistas concretas em sua gestão.

A Cúpula de Líderes do BRICS, agora com 11 países-membros, começa neste domingo (6) no Rio de Janeiro. O foco da presidência brasileira está em aprovar uma declaração final dos chefes de Estado e três declarações conjuntas em áreas prioritárias, destacando conquistas concretas do Brasil na liderança do bloco.

Na área ambiental, o Brasil busca liderar a obtenção de uma posição comum entre os países do Sul Global para a COP30, que será realizada em Belém, no Pará, em novembro deste ano. A meta é fortalecer a articulação internacional em torno do objetivo de limitar o aquecimento global a 1,5ºC, com apoio de uma declaração conjunta sobre mudanças climáticas e financiamento.

Na saúde, o Brasil propõe uma estratégia coordenada para combater doenças negligenciadas como a malária, tuberculose e leishmaniose. O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, destacou que a saúde deve ser vista como um pilar do desenvolvimento sustentável, com acesso a tratamentos, água potável e alimentação saudável.

A proposta brasileira também inclui a expansão da Rede de Pesquisa do BRICS, com foco no desenvolvimento de vacinas, uma cooperação vista como alternativa ao encerramento das atividades da Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID) durante o novo governo de Donald Trump.

Outro tema central é a governança da IA. O Brasil defende diretrizes comuns para o uso ético da tecnologia, com respeito à soberania dos países e valorização dos dados como ativos econômicos. Uma das propostas é que os países sejam remunerados pela geração de dados usados por sistemas de IA.