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'BRICS é o motor da economia mundial', diz Alckmin em fórum

Por Sputinik Brasil 05/07/2025
'BRICS é o motor da economia mundial', diz Alckmin em fórum
Foto: © Foto / Fernando Frazão/Agência Brasil

No primeiro painel do BRICS Business Forum, o vice-presidente e ministro da Indústria e Comércio Exterior do Brasil, Geraldo Alckmin, defendeu neste sábado (5) o grupo como principal força econômica do mundo hoje, com crescimento acima da média mundial.

O vice-presidente ressaltou ainda as novas oportunidades abertas para os países em setores como saúde, economia verde e transição energética. "Desenvolvimento é o novo nome da paz", disse.

Durante o discurso, Alckmin, que também é médico, lembrou que o Brasil vive uma mudança democrática que traz desafios, mas já colhe bons resultados. "Hoje, a expectativa de vida ao nascer no Brasil é de 76,7 anos. Para quem chega aos 70 anos, a expectativa média é de 85 anos", afirmou.

Conforme o vice-presidente, o programa Brasil Mais Produtivo é outro exemplo da necessidade dos governos em investir na modernização para "reduzir custos, melhorar a eficiência, além de investir em mobilidade verde para a indústria automotiva".

"A indústria mundial cresceu 2%, e aqui no Brasil cresceu 9,3%. A venda de veículos subiu 14,1%. Importamos mais de 4%. Estamos implementando um portal que vai reduzir o custo-Brasil para importação e exportação."

Presidente da CNI reforça a urgência de um desenvolvimento econômico sustentável

"A única coisa que garante crescimento social é o desenvolvimento econômico. E não existe crescimento econômico sustentável sem o fortalecimento da indústria", declarou em coletiva de imprensa o presidente da CNI, Antonio Alban.

Para Alban, é preciso transversalidade, pragmatismo e continuidade para que as recomendações do setor produtivo realmente cheguem aos chefes de Estado e gerem impacto. A transição energética, as cidades inteligentes e a inclusão social foram apontadas como caminhos centrais para construir um modelo de desenvolvimento mais equilibrado e duradouro.

Transição energética justa

Durante as discussões sobre a transição energética, o representante sul-africano e CEO Empresa de Aeroportos da África do Sul (ACSA, na sigla em inglês), Mpumi Mpofu, defendeu que o processo deve ser conduzido de forma justa.

"Adotamos uma abordagem que é inclusiva, equitativa e economicamente viável. Isso é principalmente no que se refere à energia de transição justa. A África do Sul é naturalmente composta por carvão. A nossa segurança energética e o fornecimento de energia, por quase 100 anos, foram totalmente dependentes das usinas de carvão. Essa foi a nossa principal fonte de abastecimento. E isso foi feito através do recurso natural que temos à nossa disposição."

Diante disso, o CEO enfatizou que o desafio é fazer a descarbonização sem comprometer a segurança energética do país, além da manutenção dos empregos ligados ao setor.

"Então, o conceito de transição justa foi abraçado pela África do Sul. Para dizer, à medida que nos envolvemos neste processo, vamos garantir que seja realmente justo. Vamos garantir que aqueles que podem não ter a expertise necessária para as novas tecnologias que você quer adotar, incluindo as renováveis, tenham condições de participar do processo."

Já Rizwan Soomar, CEO da DP World Subcontinente e MENA, compartilhou as iniciativas da empresa para contribuir com a agenda climática global. O dirigente destacou o impacto do setor de transporte rodoviário nas emissões de carbono, ressaltando a importância da transição para alternativas mais sustentáveis, como o transporte ferroviário e marítimo.

"Acreditamos que mudar do transporte rodoviário para outras formas de transporte, como o ferroviário ou marítimo, pode fazer uma grande diferença, simplesmente porque esses modos emitem quase 75% menos carbono do que o transporte rodoviário", afirmou Soomar.