Militares americanos planejam, na modernização de seus tanques de batalha principais Abrams, "copiar" soluções que há muito tempo foram aplicadas e testadas no campo de batalha pelos construtores de tanques russos, tais como capas ou grelhas de proteção e outros elementos, relatou à Sputnik a corporação estatal russa Rostec.

Anteriormente, foi relatado que o Pentágono, no âmbito do programa para 2025-2026, planeja modernizar os tanques Abrams para o nível M1A2 System SEPv3 e equipá-los, em particular, com um revestimento especial que reduz a visibilidade térmica, bem como elementos de proteção passiva adicional contra ataques de cima, incluindo drones FPV.

"Basicamente, as novas medidas do complexo militar-industrial americano repetem o que os construtores de tanques russos têm usado há muito tempo. O revestimento especial é um análogo da nossa 'capa', uma proteção adicional da metade superior, um análogo do nosso conjunto de telas grandes e estruturas móveis como a 'grelha'", explica o comunicado.

Rostec enfatizou que anteriormente os EUA também haviam adotado o conceito de proteção dinâmica, "que foi criticado nos anos 1980 e 1990 como sendo 'desatualizado'". De acordo com a corporação, nos EUA havia a opinião que a proteção combinada para o tanque seria suficiente, mas não foi esse o caso.

Além disso, Rostec recorda que o primeiro tanque principal dos EUA, M103, criado após a Segunda Guerra Mundial, continha características da escola soviética de tanques, tais como blindagem angulada, disposição compacta, suspensão individual de barra de torsão e um canhão universal de calibre 120 mm.

"Hoje, muitos especialistas reconhecem que os tanques e outros veículos blindados russos estão melhor adotados às condições modernas de combate. Eles estão equipados com proteção completa contra drones e outros meios de ataque", conclui a Rostec.