O rei Charles III do Reino Unido decidiu encerrar as atividades do trem oficial da monarquia a fim de reduzir custos nas despesas dos Windsor.

Apenas em fevereiro, uma viagem na histórica locomotiva de nove vagões, que tem servido a família real desde a Era Vitoriana, superou 44 mil libras esterlinas (R$ 329,4 mil) no trajeto entre Gloucestershire e Londres, passando por Staffordshire. Além disso, a manutenção do trem também tem valores bem elevados.

Mas antes da aposentadoria do veículo, que irá terminar em algum museu britânico, está previsto um último tour nacional pelos próximos dois anos. Com o encerramento do serviço do trem histórico, a família real passará a utilizar locomotivas de serviços ferroviários normais, além do uso de helicóptero.

A decisão anunciada pela Casa Real a respeito das contas anuais da realeza revelou ainda que as despesas com viagens da dinastia Windsor aumentaram no último balanço, chegando a um total de 4,7 milhões de libras (R$ 35 milhões) em 2024 - aumento de 500 mil libras (R$ 3,7 milhões) em relação ao ano anterior. A viagem mais cara da família real no período foi feita pelo rei Charles III e a rainha consorte Camila à Austrália e às Ilhas Samoa em outubro.

O subsídio previsto pelo Estado aos Windsor para despesas institucionais e de membros sênior da realeza é de 86,3 milhões de libras (R$ 646,2 milhões) para o ano de 2025. Já o financiamento para 2026 aumentará para 132 milhões de libras (R$ 988,4 milhões) devido à conclusão das obras de renovação do Palácio de Buckingham.