Internacional

Onda de calor não dá trégua na Itália e põe 18 cidades em alerta

Diversas mortes já foram associadas às temperaturas extremas

Redação ANSA 02/07/2025
Onda de calor não dá trégua na Itália e põe 18 cidades em alerta
Homem busca refresco contra calor intenso em Milão

A intensa onda de calor que atinge a Itália há mais de uma semana e que já foi associada a várias mortes deve continuar sem tréguas nesta quarta-feira (2), com o número de cidades em alerta vermelho subindo de 17 para 18.

Nos municípios nessas condições, segundo o Ministério da Saúde, o calor é tão intenso que representa uma ameaça até para pessoas saudáveis, não apenas para grupos vulneráveis, como doentes e idosos.

As cidades em alerta vermelho nesta quarta-feira são: Ancona, Bolonha, Bolzano, Brescia, Campobasso, Florença, Frosinone, Gênova, Latina, Milão, Palermo, Perugia, Rieti, Roma, Turim, Trieste, Verona e Viterbo.

Na madrugada desta quarta, um caminhoneiro de 70 anos foi encontrado morto em seu veículo, estacionado em um acostamento da rodovia A4 na província de Brescia.

A hipótese de que ele tenha passado mal devido ao calor não foi descartada.

Já na terça (1º), uma mulher de 53 anos com problemas cardíacos desmaiou e morreu em Palermo devido ao calor extremo.

Na segunda (30), um homem faleceu enquanto trabalhava em um canteiro de obras perto de Bolonha, e um idoso de 70 anos se afogou em enxurradas causadas por chuvas torrenciais em Bardonecchia, próximo a Turim.

As visitas a prontos-socorros aumentaram até 20% em toda a Itália devido à onda de calor, informou o presidente da Sociedade Italiana de Medicina de Urgência e Emergência (Simeu), Alessandro Riccardi, à ANSA. Enquanto isso, a confederação de agricultores Coldiretti pediu medidas especiais para proteger os cerca de 500 mil trabalhadores rurais que atuam em colheitas no verão.

Na terça-feira, também houve apagões relacionados ao calor em Florença, Bergamo e na região de Milão devido ao aumento no uso de aparelhos de ar-condicionado e ventiladores, sobrecarregando as linhas de energia, e ao superaquecimento de cabos elétricos.

Cientistas afirmam que a crise climática causada pelas emissões humanas de gases de efeito estufa está tornando eventos climáticos extremos — como ondas de calor, secas, tempestades e inundações — mais frequentes e graves.