Brasil
FAB vai usar mísseis e áreas de voo restrito para garantir segurança da Cúpula do BRICS no Rio

A Força Aérea Brasileira (FAB) vai ativar um rigoroso esquema de segurança aérea durante a Cúpula do BRICS, nos dias 6 e 7 de julho no Rio, com uso de mísseis em caças e áreas de voo restrito. Aeronaves não autorizadas poderão ser interceptadas ou abatidas para garantir a proteção do evento.
A FAB divulgou as diretrizes de segurança aérea para a Cúpula do BRICS, que ocorrerá nos dias 6 e 7 de julho no Rio de Janeiro. O evento reunirá líderes e autoridades de alto escalão dos países-membros, exigindo um esquema especial de defesa. Aeronaves não autorizadas que invadirem áreas restritas poderão ser interceptadas ou até abatidas, conforme as normas estabelecidas.
Pela primeira vez desde os Jogos Olímpicos de 2016, a FAB utilizará mísseis acoplados a caças em operações de segurança, uma medida que não foi adotada em eventos anteriores como a Copa do Mundo ou o G20. A quantidade de aeronaves envolvidas não foi divulgada, mas a presença de armamento reforça o nível de alerta e a seriedade da operação.
Segundo o G1, o tenente-brigadeiro do Ar, Alcides Teixeira Barbacovi, explicou que o uso de mísseis visa garantir tempo de reação diante de ameaças. As aeronaves de defesa já estarão em voo durante o evento, permitindo interceptações fora das áreas densamente povoadas do Rio de Janeiro. O objetivo é proteger tanto os participantes da cúpula quanto a população da cidade.
Cerca de 670 militares foram mobilizados para a defesa aeroespacial. A proteção do espaço aéreo nacional continuará normalmente, mas recursos específicos foram deslocados para a área da cúpula. Entre os modelos de aeronaves empregados estão os caças F-5M e A-29 Super Tucano, o avião de reabastecimento KC-390, o radar aéreo E-99 e o helicóptero H-60 Black Hawk.
O planejamento das ações envolve o Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA), a Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), o Ministério das Relações Exteriores e as equipes dos líderes estrangeiros. As chegadas e partidas das autoridades serão escalonadas para garantir segurança e conforto. O aeroporto Santos Dumont será fechado das 00h00 do dia 5 até as 18h00 do dia 7, horário de Brasília, com os voos transferidos para o Galeão, sem impacto previsto para os passageiros.
Durante o evento, três áreas de exclusão aérea serão implementadas. A área branca (reservada) cobre 150 quilômetros e proíbe diversos tipos de voos, incluindo drones e parapentes. A área amarela (restrita), com raio de 110 quilômetros, exige plano de voo aprovado, comunicação constante e transponder ativo. Já a área de supressão, com cerca de 1.530 x 965 metros, terá voo totalmente proibido, exceto para missões de apoio à vida humana. Drones só poderão operar em locais específicos e com autorização.
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