Presidente dos EUA, Donald Trump, declarou nesta terça-feira (1º) que Israel, em uma reunião com representantes de sua administração, concordou com os termos para um cessar-fogo de 60 dias na Faixa de Gaza.

"Hoje, meus representantes tiveram uma reunião longa e produtiva com os israelenses sobre Gaza. Israel concordou com os termos necessários para um cessar-fogo de 60 dias, durante o qual trabalharemos com todas as partes para acabar com a guerra. Os cataris e os egípcios, que têm trabalhado muito para ajudar a trazer a paz, apresentarão essa proposta final", escreveu Trump em sua rede social Truth Social.

Trump também advertiu o movimento palestino Hamas de que "as coisas só irão piorar" para o Hamas caso não aceite a mais recente proposta de cessar-fogo com Israel.

O ministro das Relações Exteriores do Egito, Badr Abdel Atty, afirmou mais cedo que estava trabalhando em um cessar-fogo de 60 dias na Faixa de Gaza, com os demais mediadores, com libertação de alguns reféns israelenses.

Na noite de 18 de março, as Forças de Defesa de Israel retomaram os ataques à Faixa de Gaza. O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, afirmou que os ataques continuaram, porque o movimento palestino Hamas se recusou a aceitar o plano americano de prorrogação do cessar-fogo e libertação dos reféns.

O cessar-fogo entre Israel e Hamas terminou oficialmente em 1º de março, mas os combates não foram retomados devido às tentativas dos mediadores de engajar as partes na continuidade das negociações para um acordo em Gaza. No entanto, Israel cortou o fornecimento de eletricidade à usina de dessalinização de Gaza e fechou a Faixa de Gaza para caminhões que transportam ajuda humanitária.

Desde o ataque surpresa do Hamas em 7 de outubro de 2023, que matou 1.200 pessoas em Israel e resultou no sequestro de 251 reféns, a ofensiva israelense já matou mais de 56.000 palestinos, segundo o Ministério da Saúde de Gaza. A maioria das vítimas são civis, e mais de 80% do território está sob ordens de deslocamento ou militarização, agravando a crise humanitária no enclave.

Por Sputinik Brasil