Muito comum em recém-nascidos, a icterícia neonatal é uma condição caracterizada pela pigmentação amarelada da pele, mucosas e olhos. Conforme explica a pediatra do Hospital da Mulher de Alagoas (HMA), Amanda Fragoso, a alteração da coloração ocorre porque o fígado do bebê é imaturo e limitado para processar a bilirrubina.

Na maternidade do Hospital da Mulher de Alagoas, o tratamento da doença acontece de forma imediata e o bebê é exposto à fototerapia, um aparelho com luz ultravioleta que altera a estrutura da bilirrubina encontrada na superfície da pele. Esse procedimento facilita a quebra do excesso da substância presente na corrente sanguínea para que seja eliminada pelo organismo.

“O bebê é colocado em um banho de luz apenas de fralda e com proteção nos olhos. É um procedimento simples indolor e a mãe pode acompanhar de perto todo procedimento. Ela continua mantendo a amamentação normalmente e, ao fim de cada mamada, o recém-nascido é colocado de volta na fototerapia”, ressalta a médica.

Durante a exposição à fototerapia, o bebê permanece apenas de fralda, com proteção para os olhos. A pediatra explica ainda que o tratamento pode durar entre 48h e 72h, a depender da recuperação de cada criança. “A fototerapia é um procedimento simples, seguro e indolor e a mãe pode acompanhar de perto no alojamento conjunto”, concluiu.

Relato

Rutilene Rodrigues é avó e acompanhou o neto, nascido na maternidade do Hospital da Mulher, durante a fototerapia para tratar icterícia. Ela falou da importância deste tratamento para o bem-estar do bebê e destacou a atenção e cuidado da equipe médica da unidade com o recém-nascido.

“Entendemos que é para o bem dele e, quanto mais tempo ele fica no bercinho tomando banho de luz, mais rápido ele se recupera. Não é nada assustador e os médicos do Hospital da Mulher nos visitam, explicam tudo e entendemos que essa é a melhor forma para que a criança se recupere e volte para casa”, disse.