Após quatro dias de intensas buscas, foi localizado nesta terça-feira (24) o corpo da brasileira Juliana Marins, de 27 anos, que havia desaparecido durante uma trilha no Monte Rinjani, um dos vulcões mais altos e ativos da Indonésia, situado na ilha de Lombok.

Juliana, natural de Niterói (RJ), fazia a trilha no último sábado (21), quando caiu em uma fenda profunda ao lado da trilha principal. As primeiras informações apontam que ela teria escorregado em uma área de terreno instável, despencando aproximadamente 300 metros, e continuado a deslizar por uma encosta íngreme até cerca de 650 metros abaixo.

Desde então, equipes locais de resgate, com o apoio de drones térmicos e guias experientes da região, trabalharam dia e noite em condições adversas de clima, visibilidade e terreno. A retirada do corpo só foi possível após a melhoria do tempo, na manhã de hoje.
A família de Juliana confirmou a morte por meio de uma nota oficial. “Com imensa tristeza, informamos que ela não resistiu.

Agradecemos às orações, apoio e toda corrente de solidariedade que se formou nesses dias tão difíceis”, diz o comunicado.

A jovem era publicitária e viajava sozinha pela Ásia há alguns meses. Ela compartilhava registros das aventuras nas redes sociais, e o Monte Rinjani era um dos destinos que planejava conhecer por sua fama entre mochileiros e amantes da natureza.

As autoridades locais devem concluir os trâmites legais nas próximas horas para que o corpo seja liberado e inicie o processo de repatriação ao Brasil. O consulado brasileiro na Indonésia acompanha o caso.

O Monte Rinjani faz parte do chamado “Anel de Fogo do Pacífico”, região com alta atividade sísmica e vulcânica. A trilha até o cume é desafiadora e exige preparo físico, mas é amplamente procurada por turistas. Após o acidente, autoridades legais devem revisar protocolos de segurança para visitantes.