Política
Vereadora de Canapi denuncia censura durante sessão sobre reajuste da educação: “Puro coronelismo”
Camilla Paulino foi impedida de usar a tribuna e protestou com cartaz em plenário; caso repercute nas redes sociais
A vereadora Camilla Paulino (PSD), do município de Canapi, sertão alagoano, usou as redes sociais nesta segunda-feira (23) para denunciar o que classificou como um ato de censura dentro da própria Câmara Municipal. Em uma publicação no Instagram, a parlamentar publicou uma foto segurando um cartaz com a palavra “CENSURADA”, após ser impedida de usar a tribuna durante a sessão legislativa que discutia o reajuste salarial para os profissionais da educação.
“Mais um capítulo do puro coronelismo que ainda impera em nossa cidade. Veja a forma que o poder executivo e a presidência da câmara tratam os servidores da educação!”, escreveu Camilla, num protesto que rapidamente ganhou apoio de educadores, lideranças políticas e internautas da região.
Segundo a vereadora, sua tentativa de se manifestar foi barrada pela presidência da Casa no momento em que ela tentava abordar a falta de diálogo e a condução do processo de aprovação do reajuste, que estaria sendo feito de maneira atropelada, sem escuta dos servidores e da oposição. Ela não chegou a concluir sua fala, sendo advertida e impedida de prosseguir.
A atitude gerou forte reação nas redes sociais. Diversos comentários apoiaram a vereadora e criticaram o que consideraram um desrespeito ao direito parlamentar e à liberdade de expressão. Entidades ligadas à educação no município também se manifestaram, cobrando transparência, respeito aos servidores e democracia nos debates legislativos.
Camilla Paulino tem se destacado por uma atuação combativa, especialmente na defesa dos direitos dos professores e demais servidores públicos. O episódio reacende o debate sobre a autonomia do Legislativo municipal frente ao Executivo local, e levanta questionamentos sobre a condução das sessões e o respeito ao regimento interno da Casa.
Até o momento, a presidência da Câmara de Canapi não se pronunciou oficialmente sobre o episódio.
A expectativa é que o caso seja levado aos órgãos de controle legislativo e que seja apurado se houve violação ao direito de fala da parlamentar, garantido pela Lei Orgânica do Município e pelo princípio da inviolabilidade do mandato.
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