A Polícia Civil de Alagoas investiga um homicídio ocorrido nas dependências do Hospital Psiquiátrico Portugal Ramalho, em Maceió, durante a madrugada desta sexta-feira (20). O crime chocou funcionários e pacientes da unidade, que é vinculada à Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas (Uncisal).

O principal suspeito é um paciente de 26 anos, que foi preso em flagrante por equipes da Unidade de Atendimento ao Local de Crime 1 (UALC 1), da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). De acordo com a delegada Tamires Jade, responsável pela UALC 1, o suspeito confessou o crime em depoimento e detalhou como executou a ação.

Mesmo contido em uma maca, com as mãos e os pés amarrados, ele afirmou ter conseguido se soltar e, em seguida, atacou o colega de quarto, identificado como José Maurício Mendes da Silva, de 20 anos. A vítima foi brutalmente agredida com socos, chutes e torções no pescoço, e acabou sendo estrangulada com as próprias ataduras do autor do crime.

Testemunhas que presenciaram a agressão confirmaram a versão apresentada pelo suspeito e revelaram que não pediram socorro por temerem a reação violenta do agressor.

Ainda segundo a polícia, o autor do homicídio já possuía antecedentes criminais, incluindo registros por violência doméstica, e estava internado no hospital por ordem judicial, em razão do seu histórico de comportamento agressivo. Após a prisão em flagrante, ele permanece sob custódia e à disposição da Justiça. As investigações continuam sob responsabilidade da DHPP.

Posicionamento do hospital

Em nota oficial, a direção do Hospital Portugal Ramalho informou que adotou todas as providências legais e administrativas diante do caso, e que os órgãos de segurança foram acionados assim que a situação foi identificada. A unidade garantiu total colaboração com as autoridades e anunciou a instauração de uma sindicância interna para apurar com rigor as circunstâncias do ocorrido.

"O Hospital Portugal Ramalho reitera sua responsabilidade com a segurança, o cuidado e a integridade de seus pacientes, profissionais e comunidade, mantendo-se à disposição para prestar todos os esclarecimentos necessários às autoridades competentes", diz trecho da nota.

O caso segue sendo acompanhado com atenção pelas autoridades e pela comunidade médica.