Internacional
Chefe do Pentágono: 'Vantagem marítima dos EUA diminui após décadas de declínio na construção naval'

A superioridade marítima dos EUA está se deteriorando em meio ao declínio de longo prazo na indústria de construção e reparo naval, afirmou o secretário de Defesa, Pete Hegseth, em um depoimento por escrito para a audiência do Comitê de Serviços Armados da Câmara nesta quinta-feira (12).
"Melhorias na construção naval são necessárias, e processos mais eficientes são necessários para garantir que os navios sejam construídos dentro do prazo e do orçamento. [...] Nossa vantagem marítima está diminuindo rapidamente devido a décadas de desindustrialização, consolidação e redução na capacidade de construção e reparo naval dos EUA, afetando os setores público e comercial", disse Hegseth.
Hegseth alertou que os Estados Unidos estão atrás da China na construção naval, apontando para a enorme vantagem da China em capacidade e uma frota naval significativamente mais nova.
"Dado este desafio formidável, estamos revitalizando nossa indústria de construção naval com US$ 5,9 bilhões [cerca de R$ 32,7 bilhões] em financiamento no ano fiscal de 2026", disse ele.
Hegseth explicou que a meta atual da Marinha é atingir uma frota de 381 embarcações.
"Estagnamos abaixo de 300. Em tempos de paz, nossa força tem dificuldade para substituir embarcações à medida que são desativadas. Isso é um mau presságio para nossa força em tempos de guerra. A construção naval é a principal prioridade da Marinha, tanto para o presidente [Donald] Trump quanto para mim", disse o chefe do Pentágono.
O secretário da Marinha dos EUA, John Phelan, afirmou em maio que os Estados Unidos estão enfrentando atrasos, estouros orçamentários e déficits de capacidade em suas iniciativas de construção naval, apesar de investimentos substanciais que somam bilhões de dólares.
Em março, o secretário adjunto da Marinha para Pesquisa, Desenvolvimento e Aquisição, Brett Seidle, afirmou que o setor de construção naval dos EUA, que atende às necessidades da Marinha, está enfrentando desafios significativos, levando a atrasos de até três anos na entrega de embarcações concluídas.
Em janeiro, o Escritório de Prestação de Contas do Governo (GAO, na sigla em inglês) relatou que a Marinha dos EUA está tendo dificuldades para manter seus navios de combate de superfície devido a problemas significativos, como escassez de peças de reposição, falta de pessoal treinado e manutenção atrasada.
Mais lidas
-
1URGENTE
Jovem desaparece após Noite dos Namorados em Palmeira dos Índios; família faz apelo por informações
-
2BOLSONARISTA
PF prende ex-ministro Gilson Machado em Recife; ele é dono da banda Brucelose, que tocará em Palmeira dos Índios
-
3LUTO
Funcionária da Associação Comercial morre após infarto em local de trabalho em Palmeira dos Índios
-
4HISTÓRIA
A saga de Lampião e Maria Bonita, 83 anos após a chacina de Angicos
-
5COMUNICAÇÃO
Tribuna do Sertão é o único veículo de Alagoas selecionado para a Jornada de IA para Negócios Jornalísticos