Internacional
Irã condena decisão dos EUA de barrar entrada de cidadãos muçulmanos e denuncia racismo sistêmico

O governo do Irã criticou duramente a recente decisão de Washington de proibir a entrada de cidadãos de países majoritariamente muçulmanos, incluindo iranianos, nos Estados Unidos.
Em comunicado oficial divulgado neste sábado (7), o Ministério das Relações Exteriores do Irã classificou a medida como "racista, discriminatória e uma violação flagrante do direito internacional".
Alireza Hashemi Raja, diretor-geral do Departamento de Assuntos Iranianos no Exterior do MRE iraniano, afirmou que a proibição revela "uma mentalidade supremacista e racista" entre os formuladores de políticas norte-americanos.
Segundo ele, a decisão tem como base critérios de religião e nacionalidade, o que, em sua visão, demonstra uma "hostilidade profundamente arraigada" contra o povo iraniano e contra muçulmanos em geral.
O diplomata acusou os Estados Unidos de praticarem "discriminação racial e racismo sistêmico", ao impedir que milhões de pessoas possam entrar no país unicamente por sua origem nacional ou fé religiosa. "Essa política contradiz as normas internacionais de direitos humanos e terá consequências para a responsabilização do governo americano no cenário internacional", afirmou Hashemi Raja.
O governo iraniano também apelou à comunidade internacional para que se manifeste contra a medida. Hashemi Raja pediu que as Nações Unidas e organizações de direitos humanos condenem explicitamente políticas unilaterais que, segundo ele, ferem os princípios dos próprios EUA e os tratados globais de direitos humanos.
Em tom enfático, o porta-voz reiterou que o Irã tomará todas as providências cabíveis para proteger os direitos dos seus cidadãos diante das sanções impostas por Washington. Ele não especificou, no entanto, quais ações concretas seriam adotadas.
A nova proibição anunciada pelos EUA, ainda sem detalhes públicos completos, gerou reações críticas também de outros países afetados e de organizações da sociedade civil. Grupos de defesa dos direitos civis já classificaram a medida como "discriminatória" e "ineficaz do ponto de vista da segurança".
Por Sputinik Brasil
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