Política

Proposta de Lei do Mar aprovada na Câmara será destaque na Conferência da ONU sobre Oceanos

30/05/2025
Proposta de Lei do Mar aprovada na Câmara será destaque na Conferência da ONU sobre Oceanos
Lenain: Brasil tem oportunidade histórica de integrar os oceanos às políticas climáticas - Foto: Bruno Spada/Câmara dos Deputados


As NDCs são as metas voluntárias dos países para reduzir as emissões dos gases poluentes que aumentam a temperatura do planeta e provocam a elevação do nível do mar. O Brasil também vai aderir formalmente a acordos globais de proteção dos manguezais e dos recifes de coral.

A Amazônia Azul é a área marinha do Brasil, tem aproxidamente 5,7 milhões de km² e abrange a superfície do mar, as águas sobrejacentes ao leito marinho, o solo e subsolo marinhos, estendendo-se do litoral até o limite exterior da Plataforma Continental brasileira.

Planejamento Espacial Marinho
Subsecretário para o Plano de Levantamento da Plataforma Continental Brasileira, o capitão da Marinha Rodrigo Carvalho reforçou a importância do Planejamento Espacial Marinho (PEM) para conciliar a preservação dos ecossistemas com as múltiplas atividades no mar.

“Nós temos hoje a Amazônia Azul dividida em quatro grandes regiões. Já temos contratado o Planejamento Espacial Marinho para a região sul e para a região nordeste. Semana que vem, contrataremos o consórcio vencedor do edital do sudeste e esperamos, até novembro, efetivamente contratar a última região, que é a região norte”, explicou. “É um grande programa nacional, com cerca de R$ 43 milhões envolvidos e apoio do BNDES.”

A sociedade civil também participou da audiência e houve espaço para perguntas de internautas. O coordenador da Comissão Nacional de Fortalecimento das Reservas Extrativistas Marinhas, Carlos Alberto dos Santos, exigiu participação popular nas negociações globais sobre o mar.

“Na Amazônia Azul, também tem gente. E essa gente precisa aparecer de forma muito objetiva e com o protagonismo que tem na defesa desses ecossistemas”, afirmou.

Petróleo
A mobilizadora do Instituto Arayara, Raissa Felippe, alertou sobre a inclusão de blocos exploratórios de petróleo em alto-mar no leilão da Agência Nacional do Petróleo (ANP) previsto para 17 de junho.

“Dos 172 blocos ofertados de petróleo e gás, 151 estão no mar. Seis blocos impactam terras indígenas e há 3.430 famílias afetadas em 26 assentamentos rurais sobrepostos, com 546 mil pescadores e pescadoras artesanais afetados”, denunciou.

Por meio de ações civis públicas, várias entidades socioambientais contestam o leilão e estão vigilantes diante dos riscos de exploração de petróleo na foz do rio Amazonas.