A embaixada dos Estados Unidos na Líbia desmentiu neste domingo (18) uma reportagem que afirmava que o governo norte-americano estaria elaborando um plano para transferir palestinos da Faixa de Gaza para a Líbia.

De acordo com a NBC News, citando fontes com conhecimento direto do assunto, incluindo um ex-funcionário norte-americano, o governo dos EUA estaria preparando um plano para relocar palestinos de Gaza para a Líbia.

Segundo a rede de notícias, o plano envolveria a realocação permanente de até um milhão de palestinos, algo que teria sido discutido pelo governo Trump. No entanto, a embaixada dos EUA desmentiu categoricamente a informação, classificando-a como falsa por meio de uma publicação na plataforma X.

O governo líbio, especificamente o Governo de Unidade Nacional sediado em Trípoli e reconhecido internacionalmente, não se pronunciou imediatamente sobre o assunto, mas a ausência de resposta oficial contribui para o clima de incerteza em torno da veracidade e viabilidade de tais planos, informou a Reuters.

Donald Trump já havia manifestado anteriormente o desejo de que os Estados Unidos assumissem o controle da Faixa de Gaza e que sua população fosse reassentada em outros países. Em declarações passadas, ele sugeriu que Egito e Jordânia recebessem os palestinos, proposta que foi rejeitada por ambos os países e amplamente condenada pela comunidade internacional.

Os palestinos rejeitam firmemente qualquer proposta de deslocamento forçado, comparando essas ideias à Nakba de 1948, quando centenas de milhares foram expulsos de suas terras durante a criação do Estado de Israel. A possibilidade de uma nova remoção em massa é vista como uma forma de limpeza étnica.

Mais recentemente, Trump voltou a defender a ideia de transformar Gaza em uma "zona de liberdade" e até mesmo em uma "Riviera do Oriente Médio". Durante uma visita ao Catar, o presidente norte-americano reiterou seu desejo de controlar o território, embora tais declarações continuem a gerar controvérsia e resistência tanto entre palestinos quanto na comunidade internacional.