Internacional
Trump não conseguiu seduzir Rússia e obter cessar-fogo rápido na Ucrânia, diz mídia

Os EUA não conseguiram fazer com que a Rússia concordasse com um cessar-fogo rápido em termos desfavoráveis, mas a retirada abrupta dos norte-americanos da solução do conflito ucraniano pode ser percebida como um fracasso da política do Donald Trump, escreve o jornal Financial Times
O jornal destaca que, inicialmente, os EUA tinham a ideia simplista de seduzir a Rússia, ao mesmo tempo que pressionavam o líder ucraniano, Vladimir Zelensky, para chegar a um acordo.
"Inicialmente, os norte-americanos tinham uma ideia simplista: vamos encantar a Rússia, pressionar Zelensky e chegaremos a um acordo. Descobriu-se que simplesmente seduzir a Rússia não é suficiente", disse ao Financial Times Wolfgang Ischinger, o ex-embaixador alemão nos Estados Unidos e presidente da Conferência de Segurança de Munique.
Eric Green, ex-assessor do ex-presidente Joe Biden no Conselho de Segurança Nacional, opina ao jornal que Trump entende que o presidente russo, Vladimir Putin, tem uma posição clara e "não está jogando bola".
Por sua vez, Thomas Graham, o membro do Conselho de Relações Exteriores, sublinha que, por mais que Trump esteja interessado em restabelecer as relações com Moscou, primeiro ele terá que lidar com a Ucrânia e não perder a reputação.
"Há muita coisa em jogo. Sim, ele [Trump] ainda pode se afastar da Ucrânia, mas, se fizer isso, parecerá um enorme fracasso", finalizou o especialista.
No fim de semana, Vladimir Putin propôs à Ucrânia a retomada das negociações diretas sem pré-condições. Ele enfatizou que não descartava a possibilidade de chegar a um cessar-fogo real.
Zelensky, por sua vez, respondeu à iniciativa do líder russo com um ultimato: segundo ele, Kiev só se sentaria à mesa de negociações se Moscou concordar com um cessar-fogo total a partir de 12 de maio.
Mas depois que o presidente dos EUA, Donald Trump, pediu às autoridades ucranianas que concordassem imediatamente com a proposta de Moscou, Zelensky disse que esperaria pelo líder russo na Turquia na quinta-feira (15).
Por Sputinik Brasil
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