Internacional
Irã está pronto para acordo nuclear com EUA se sanções forem suspensas, diz conselheiro à mídia

Um conselheiro político do líder supremo do Irã, Ali Shamkhani, afirmou que o país está pronto para assinar um acordo nuclear com os Estados Unidos e se comprometeria a eliminar seus estoques de urânio altamente enriquecido. Contudo, a medida viria em troca do fim de todas as sanções econômicas contra o Irã, segundo informou a emissora NBC News.
Além disso, o Irã se comprometeria a nunca produzir armas nucleares, concordaria em enriquecer urânio apenas aos níveis baixos necessários para uso civil e permitiria que inspetores internacionais monitorassem o processo — desde que todas as sanções econômicas contra o país fossem suspensas, conforme a reportagem divulgada nesta quarta-feira (14).
Quando questionado se o Irã concordaria em assinar o acordo agora, caso essas condições fossem atendidas, Shamkhani respondeu: "Sim", acrescenta a reportagem.
Presidente diz que Irã não teme palavras de Trump
Mais cedo, o presidente iraniano Masoud Pezeshkian declarou que o homólogo norte-americano Donald Trump recuaria de sua posição sobre a questão nuclear por medo das declarações vindas da Casa Branca, mas que Teerã não negociaria sua dignidade com ninguém.
No inicio desta semana, Trump prometeu reduzir a zero as exportações de petróleo iraniano e levar o país à falência caso Teerã não aceitasse um novo acordo nuclear.
Em resposta a essas declarações Masoud Pezeshkian afirmou que Trump "imaginou que ficaríamos com medo de suas palavras e cederíamos diante de suas promessas", informa a agência iraniana Fars.
"Nós não faremos nenhum tipo de negociação que envolva a dignidade deste Estado", acrescentou.
A quarta rodada de negociações entre Irã e EUA ocorreu no último domingo (11). Porém o porta-voz oficial do Ministério das Relações Exteriores do Irã classificou essa rodada de negociações com Washington como difícil.
As negociações começaram depois que Trump enviou uma carta ao aiatolá Khamenei no início de março, oferecendo um novo acordo sobre o programa nuclear e, ao mesmo tempo, ameaçando com força militar caso os esforços diplomáticos fracassassem.
Por Sputinik Brasil
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