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Vazamento de 2 mil litros de corante deixa azul água de córrego em SP e afeta animais

O vazamento de um corante tingiu de azul o Córrego das Tulipas e um lago formado por ele, na região do Parque Jardim Botânico, em Jundiaí, interior de São Paulo. As aves - gansos e patos - que estavam no lago tiveram a plumagem tingida também.
Três gansos e um pato foram resgatados e levados para a Associação Mata Ciliar, entidade que mantém parceria com prefeituras da região. As aves passaram por procedimentos de desintoxicação e já se alimentam normalmente.
O acidente aconteceu nesta terça-feira, 13, quando um caminhão desceu desgovernado por um declive e se chocou com um poste de iluminação pública. Segundo a prefeitura, o motorista estava fora do veículo. Com o batida, a carga tombou. Duas embalagens contendo o corante se romperam e o conteúdo escorreu para o córrego. O produto é usado para tingir embalagens de ovos.
O corante é um produto químico orgânico, à base de ácido acético - substância corrosiva e potencialmente contaminante, segundo técnicos da prefeitura. Devido à grande quantidade derramada - cerca de 2 mil litros - o produto escoou até uma boca de lobo localizada a 50 metros do local do impacto. Essa boca de lobo tem ligação direta como córrego do Jardim das Tulipas, que atravessa o bairro e deságua no Rio Jundiaí.
Ainda de acordo com a prefeitura, alguns animais que tiveram contato com o corante apresentaram mudança de coloração. Equipes da Defesa Civil, da Divisão Florestal da Guarda Municipal, do Grupo de Apoio e Defesa dos Animais (Grade) e da Associação Mata Ciliar atuaram de forma conjunta para resgatar e preservar a vida desses animais, que atualmente estão sob os cuidados da Mata Ciliar.
No início da tarde desta quarta-feira, os esforços se concentravam na análise da contaminação do córrego, no Parque das Tulipas, e no Rio Jundiaí. A Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) fazia coletas ao longo do curso do córrego e no rio a fim de verificar os níveis de contaminação e da qualidade da água. O trabalho é acompanhado pela Defesa Civil de Jundiaí, com suporte da prefeitura.
A Cetesb já constatou pequena mortandade de peixes nos mananciais. As avaliações ambientais vão permitir mensurar os impactos causados pelo derramamento do produto e embasar a responsabilização da empresa envolvida.
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