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Divaldo Franco, referência do Espiritismo no Brasil, morre aos 98 anos em Salvador

Redação 13/05/2025
Divaldo Franco, referência do Espiritismo no Brasil, morre aos 98 anos em Salvador

Na noite desta terça-feira, 13 de maio de 2025, faleceu em Salvador o médium, orador e filantropo Divaldo Pereira Franco, aos 98 anos. Reconhecido como um dos principais nomes do espiritismo no Brasil, Divaldo enfrentava problemas de saúde desde 2023, incluindo um câncer de bexiga diagnosticado em novembro de 2024. A causa da morte foi falência múltipla dos órgãos, conforme informado pela assessoria da Mansão do Caminho, instituição que fundou e dirigia .

O velório será realizado nesta quarta-feira, 14 de maio, das 9h às 20h, no Ginásio da Mansão do Caminho, no bairro de Pau da Lima, em Salvador. O sepultamento está marcado para quinta-feira, 15 de maio, às 10h, no Cemitério Bosque da Paz .

Trajetória de Vida


Nascido em 5 de maio de 1927, em Feira de Santana (BA), Divaldo Franco foi o caçula de uma família de 12 irmãos. Desde a infância, relatava experiências mediúnicas, o que o levou a aprofundar-se na doutrina espírita. Em 1947, fundou o Centro Espírita Caminho da Redenção, que, em 1952, deu origem à Mansão do Caminho, uma das maiores obras sociais espíritas do país .

Ao longo de sua vida, Divaldo proferiu mais de 20 mil conferências em 71 países e publicou mais de 260 livros psicografados, muitos atribuídos à mentora espiritual Joanna de Ângelis. Suas obras venderam mais de 10 milhões de exemplares e foram traduzidas para diversos idiomas, com os direitos autorais revertidos integralmente para instituições filantrópicas .

Legado Social


A Mansão do Caminho, localizada em Salvador, é um complexo educacional e assistencial que atende diariamente milhares de pessoas em situação de vulnerabilidade. Com mais de 50 edificações, oferece serviços como creches, escolas, cursos profissionalizantes, centro médico e assistência social.

Divaldo também foi responsável por adotar e educar mais de 600 crianças, muitas das quais se tornaram profissionais em diversas áreas. Seu trabalho humanitário lhe rendeu mais de 800 homenagens de instituições culturais, sociais, religiosas e governamentais.

Com sua partida, o Brasil perde uma das figuras mais emblemáticas do espiritismo e um incansável defensor da paz, da caridade e da educação.