Após dias intensos de vistorias, do Agreste ao Sertão de Alagoas, o Instituto do Meio Ambiente do Estado (IMA/AL) concluiu as ações do Programa Estadual de Pagamento por Serviços Ambientais (PROPSA). Divididas em cinco zonas, as visitas contemplaram 83 propriedades incluídas nos editais de Agroecologia e de Reservas Particulares do Patrimônio Natural (RPPNs).

Com as vistorias concluídas, é possível avançar para a próxima etapa do programa, que é a efetiva remuneração dos participantes pelos serviços prestados.

“Lançamos o Programa PSA e já concluímos 100% das análises. Nos próximos meses, os beneficiários começarão a ser remunerados pelos serviços ambientais prestados em Alagoas. É uma iniciativa muito importante para a valorização da conservação ambiental no estado”, afirma Gustavo Lopes, diretor-presidente do IMA.

Em linhas gerais, o PSA é uma ferramenta importante para o enfrentamento das mudanças climáticas, por estimular práticas que ajudam a preservar e restaurar os ecossistemas locais, fundamentais para a regulação do clima.

Para a gerente de Mudanças Climáticas e Sustentabilidade do IMA, Marianna Farias, o programa representa uma estratégia na implementação de ações que conciliam a conservação ambiental com as adaptações necessárias frente aos desafios climáticos.

“O programa permite avançar na valorização dos serviços ecossistêmicos na promoção de práticas sustentáveis no território alagoano e no engajamento direto dos agricultores proprietários de RPPNs e comunidades tradicionais ligadas à natureza”, expõe a gerente.

As vistorias aconteceram nos municípios de Água Branca, Atalaia, Boca da Mata, Carneiros, Chã Preta, Delmiro Gouveia, Inhapi, Japaratinga, Joaquim Gomes, Maceió, Major Isidoro, Messias, Murici, Olho d'Água das Flores, Ouro Branco, Pão de Açúcar, Pariconha, Piaçabuçu, Piranhas, Poço das Trincheiras, Quebrangulo, Santana do Ipanema, São José da Tapera e São Luís do Quitunde.

A consultora ambiental do IMA, Déborah Monteiro, fez parte da equipe técnica que realizou as visitas e ressalta a importância dessa ação para constatar as atividades dos beneficiários e até mesmo as vulnerabilidades enfrentadas.

“Percebemos que muitas famílias enfrentam vulnerabilidade socioeconômica por conta das mudanças climáticas, mas ainda assim conseguem responder com ações alinhadas à conservação da natureza e do conhecimento tradicional”, relata Monteiro, destacando iniciativas como a preservação da água, recuperação de áreas degradadas, bancos comunitários de sementes crioulas e proteção de espécies medicinais e religiosas.

Assinatura dos contratos

O próximo passo para os selecionados pelos editais do PSA é a assinatura dos contratos, etapa essencial para que os beneficiários iniciem oficialmente a execução dos planos de ação ambiental. A formalização ocorrerá durante o Evento de Assinatura de Contratos, de presença obrigatória, conforme o cronograma estabelecido.

A data e o local da cerimônia serão divulgados em breve pelas redes oficiais do órgão, e os beneficiários também receberão um contato prévio com o convite para o evento.

Com a assinatura do Termo de Compromisso, os participantes passam a ser reconhecidos como provedores de serviços ambientais. Esse documento, além de validar a participação no edital atual, poderá ser utilizado como comprovação em futuras seleções vinculadas ao programa.

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