O presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, disse em conversa com o secretário-geral da OTAN, Mark Rutte, nesta terça-feira (13) em Ancara que a Turquia intensificou seus esforços para acabar com o conflito na Ucrânia, dizendo que a aliança não deve fazer parte do conflito.

Erdogan recebeu Rutte no complexo presidencial. Durante a reunião foram discutidas as relações entre a Turquia e a OTAN, o desenvolvimento da situação em torno do conflito entre a Ucrânia e a Rússia e questões regionais e globais. No decorrer da reunião, Erdogan afirmou que a Turquia atribui grande importância à OTAN e, em confirmação disso, Ancara voltará a assumir o comando das forças da OTAN no Kosovo.

"O presidente Erdogan declarou que a Turquia intensificou os seus esforços para acabar com a guerra entre a Ucrânia e a Rússia [com] uma paz duradoura e justa, que a Turquia manteve conversações com o presidente da Rússia [Vladimir] Putin e o presidente da Ucrânia [Vladimir] Zelensky, que a Turquia apoia fortemente o estabelecimento de um cessar-fogo abrangente e mantém a posição de que a OTAN não deve fazer parte desta guerra e que a oportunidade para a paz não deve ser perdida", disse o escritório do líder turco.

Na noite de 11 para 12 de maio, Vladimir Putin dirigiu-se aos representantes da mídia russa e estrangeira e propôs a Kiev retomar as negociações diretas sem condições prévias em Istambul no dia 15 de maio. O líder russo sublinhou que não exclui a implementação de um verdadeiro cessar-fogo, que deverá ser observado pela Ucrânia.

Vladimir Zelensky, no entanto, respondeu à iniciativa de paz de Putin com um ultimato: ele exigiu que Moscou concordasse com um cessar-fogo completo a partir de 12 de maio, e só então Kiev se sentaria à mesa de negociações.