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Fechamento da Maternidade Mãe Rainha do Chama em Arapiraca deixará gestantes do agreste sem assistência

Redação 13/05/2025
Fechamento da Maternidade Mãe Rainha do Chama em Arapiraca deixará gestantes do agreste sem assistência

A saúde pública em Arapiraca sofrerá um impacto profundo no próximo dia 20 de agosto com o encerramento das atividades da Maternidade Mãe Rainha, instalada no Hospital CHAMA. Referência no atendimento materno-infantil na 2ª Macrorregião de Saúde, a unidade chega a realizar mais de mil partos a cada trimestre, atendendo gestantes de diversos municípios do Agreste alagoano.

A decisão, comunicada pela direção do hospital, é justificada pela falta de credenciamento para procedimentos de alto risco e pela ausência de repasses financeiros pelos serviços já prestados. Em nota oficial, a administração do CHAMA afirmou que manter a maternidade em funcionamento comprometeria a viabilidade dos demais serviços oferecidos pela unidade, evidenciando a crise financeira que impacta a estrutura.

O fechamento da Maternidade Mãe Rainha, considerada a mais estruturada da região, acende um alerta crítico para as gestantes e suas famílias. Sem o suporte da unidade, pacientes de alto risco ficarão ainda mais vulneráveis, muitas delas obrigadas a viajar longas distâncias em busca de atendimento especializado.

A situação agrava um cenário em que o sistema de saúde já enfrenta sobrecarga e falta de leitos. Municípios menores que dependiam da Mãe Rainha para atendimento obstétrico agora terão que buscar alternativas mais distantes, aumentando o risco para gestantes e recém-nascidos.

A pergunta que fica é: quem responderá pelas vidas das gestantes e bebês que ficarão sem assistência em Arapiraca e nas cidades vizinhas? O fechamento da Maternidade Mãe Rainha expõe um cenário preocupante e lança um alerta sobre a fragilidade da assistência materno-infantil no Agreste alagoano.