Internacional
Brasil e China apoiam negociações diretas entre Rússia e Ucrânia, dizem chancelarias em Pequim

Os ministros das Relações Exteriores da China e do Brasil discutiram a crise ucraniana em Pequim e expressaram apoio ao diálogo direto e às negociações entre Moscou e Kiev, informou o Ministério das Relações Exteriores da China (MRE). O encontro ocorreu em meio à visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao país.
Na última segunda-feira (12), o chanceler chinês Wang Yi e o ministro das Relações Exteriores do Brasil, Mauro Vieira, participaram de uma reunião bilateral. O assessor especial do presidente Lula, Celso Amorim, também participou das conversas.
"As partes trocaram opiniões sobre a crise ucraniana e expressaram apoio ao diálogo direto e às negociações entre Rússia e Ucrânia, além de afirmarem que continuarão desempenhando o papel do grupo Amigos da Paz para ampliar o consenso internacional em prol de uma solução política para a crise", declarou a chancelaria chinesa.
Em maio do ano passado, Brasil e China publicaram em conjunto um plano de seis pontos para a solução política do conflito na Ucrânia, que recebeu avaliações positivas de mais de 100 países. Após isso, Wang Yi afirmou que China, Brasil e outros países do Sul Global criariam uma plataforma aberta chamada "Amigos da Paz" para atuar na resolução da crise ucraniana.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, propôs no último sábado (10) que a Ucrânia retomasse negociações diretas, sem pré-condições, em Istambul no dia 15 de maio, ocasião em que não descartou que as partes possam chegar a um acordo de cessar-fogo durante o encontro.
Já o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, afirmou que a Rússia está comprometida com uma busca séria por uma resolução pacífica de longo prazo. Segundo ele, o objetivo das negociações com a Ucrânia é eliminar as causas do conflito e garantir os interesses russos.
Em resposta, Vladimir Zelensky voltou a apresentar exigências que Moscou já considerou inaceitáveis — o ucraniano quer que a Rússia concorde previamente com um cessar-fogo total, e só então o governo de Kiev aceitaria sentar-se à mesa de negociações.
Já o presidente dos EUA, Donald Trump, pediu às autoridades ucranianas que aceitem imediatamente a proposta de Putin para negociações na Turquia.
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